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Costa justifica reação exaltada com “ação provocada” da direita

04 out, 2019 - 18:26 • Susana Madureira Martins , João Pedro Barros

“Foi um ataque à minha honra”, sublinha o primeiro-ministro, que considera que incidente foi premeditado.

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António Costa acusa a direita de fazer uma “campanha de mentira” e de ter posto “um senhor” a provocá-lo com a situação dos incêndios de Pedrógão Grande, em 2017, o que motivou uma reação acalorada do primeiro-ministro, na tarde desta sexta-feira. Na rua Augusta, em Lisboa, Costa exaltou-se com um homem que o acusou de estar de férias no momento dos grandes fogos.

“Devia ter reagido mais calmamente? Seguramente que sim, mas não é por ser político que deixo de ser uma pessoa de carne e osso e também tenho limites quando me atacam com uma mentira. Foi um ataque à minha honra e eu não admito ataques à minha honra”, afirmou aos jornalistas à entrada de um comboio na estação de Santa Apolónia, que o irá transportar para o comício de encerramento da campanha, no Porto.

Já no interior do comboio, em declarações à Renascença, desenvolveu essa ideia: "Quem não se sente não é filho de boa gente. Há limites para tudo, estou farto desta campanha que a direita tem feito, habitualmente sem rosto, utilizando as redes sociais e outros fóruns onde atacam sem dar rosto. Hoje plantaram um provocador para fazer essa provocação e reagi porque há limites para tudo. Ainda bem que, ao fim de tantos anos na política, ainda tenho um limite de indignação".

"Campanhas negras" de PSD e CDS

O líder do PS negou que se tivesse tratado de “um momento de tensão” e falou numa “acção provocada” sobre um tema que é “muito sensível” para Costa. “O país viveu uma enorme tragédia a 17 de junho de 2017. Eu não esqueço essa tragédia e nunca esquecerei e é lamentável que alguém utilize uma tragédia daquela dimensão para insistir e persistir numa mentira”, disse aos jornalistas.

“É absolutamente falso que estivesse fora do país, estava em funções a 17 de Junho. No dia 18 de junho de manhã, como toda a gente pode testemunhar, estava na Câmara de Pedrógão para me reunir com todos os presidentes de câmara e todas as CCDR [Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional]”, acrescentou.

O secretário-geral do PS fala de uma "calúnia” que o “ofende profundamente" e que tem circulado através de “campanhas negras em que o PSD e o CDS se tornaram especialistas”. “Isto diz muito do caráter dessa gente. É lamentável que a campanha tenha descido a este nível”, concluiu.

Questionado pela Renascença sobre os eventuais custos da sua atitude, Costa respondeu que não tem esse grau de calculismo: "Recusar-me-ei sempre a deixar de ser quem sou, ou a perder a minha humanidade ou identidade por motivos eleitorais. É inaceitável essa calúnia que tem sido repetida e repetida e repetida. Todos os órgãos de comunicação social estiveram comigo na Câmara de Pedrógão, no posto de comando, têm imagens desses dias trágicos e onde estive nesse dias trágicos. E não estava de férias, de facto".

Comentários
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  • Americo Anastacio
    04 out, 2019 21:45
    Honra ?????????!!!!!!!!!!! Fale com Antonio Jose Seguro e estamos conversados............triste.........

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