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Extrema-direita entra no Parlamento

O que defende o Chega? O fim da educação e saúde públicas e o Presidente a chefiar Governo

07 out, 2019 - 02:32 • Lusa

O presidente do partido de extrema-direita Chega, André Ventura, foi eleito deputado por Lisboa (obtendo no distrito 2% dos votos, que correspondem a 22.053 eleitores; a nível nacional o Chega obteve 66.442 votos e 1,30%) nas eleições legislativas de domingo.

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O Chega, partido de extrema-direita que se estreia no Parlamento com um deputado eleito, tem no programa eleitoral o fim dos serviços públicos na saúde e educação e quer o Presidente da República a chefiar o Governo.

No documento que apresentou às eleições de domingo, o Chega sustenta que não compete ao Estado “a produção ou distribuição de bens e serviços, sejam esses serviços de educação ou de saúde”, ou sejam “vias de comunicação ou meios de transporte”.

O Chega quer retirar o aborto e as cirurgias de mudança de sexo do conceito de saúde pública, o que “implicará o fim imediato dos apoios do Estado e da subsidiação quer do aborto, quer da mudança de sexo através do Serviço Nacional de Saúde, ou seja, pagos pelo contribuinte”.

Quanto ao sistema político, o Chega defende que “a atual Constituição foi produto de uma imposição militar" e propõe referendar a lei fundamental, sugerindo a "presidencialização do regime, pela acumulação, na figura do Presidente da República, das competências hoje atribuídas ao primeiro-ministro”.

Na área das relações externas, o Chega defende a reavaliação da presença de Portugal na Organização das Nações Unidas (ONU) e um "compromisso inequívoco com a defesa da existência do Estado de Israel, face ao recrudescimento do antissemitismo e das ameaças terroristas de que o povo judeu é alvo, pugnando pela transferência da embaixada Portuguesa para Jerusalém”.

A introdução de legislação, no Código Penal, sobre a castração química como forma de punição de agressores sexuais, a qualquer culpado de crimes de natureza sexual cometidos sobre menores de 16 anos, é uma das ideias do Chega. Outra passa pela “oposição frontal à tipificação do chamado “crime de ódio” na lei penal portuguesa”.

Em matéria de migrações, o Chega quer o fortalecimento das fronteiras, “dando à polícia e às forças armadas todos os recursos materiais e humanos para que possam cuidar dessas fronteiras com total eficácia junto com o indispensável amparo legal”.

Comentários
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  • Fernando Parente
    07 fev, 2024 Viana do Castelo 18:02
    Não será possível acabarmos com o dinheiro físico? Se tal acontecesse ficaríamos com um País limpo. Cada cidadão teria um cartão de débito gratuito e sem custos adicionais, no Banco que escolhesse. Pedintes, drogados e quem trabalha ao NEGRO desaparecia. Quem tem medo de ser controlado? Todos nós seriamos altamente beneficiados. Porque também todos nós somos potenciais LADRÕES. Pois se conseguirmos fugir de pagar ao Fico é o que fazemos. Não sou filiado no CHEGA, mas sou dentro das minhas possibilidades um ativista e um votante no CHEGA. Desejo as maiores Felicidades nas próximas Eleições.
  • Jorge
    15 fev, 2021 Brasil 13:19
    O fim da educação e saúde publica!? A mim parece-me suicídio.
  • Filipe Tasibe
    07 out, 2019 16:38
    Isto é extrema-direita? A mim parece-me bom senso.

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