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​Poiares Maduro à Renascença. "Dentro de meses haverá uma competição eleitoral no PSD"

07 out, 2019 - 20:25 • Pedro Mesquita , com redação

Ex-ministro refere que o PSD sofreu “uma das maiores derrotas da sua história" e promete apoiar um projeto mobilizar e "muito dirigido às gerações mais jovens”.

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O PSD sofreu uma das “maiores derrotas” da sua história e, para reconquistar o poder, deve apostar num projecto que galvanize as gerações mais novas, defende o social-democrata Miguel Poiares Maduro, em declarações à Renascença.

O ex-ministro de Passos Coelho considera ser inevitável uma disputa eleitoral interna no PSD nos próximos tempos e reserva uma posição para depois de conhecer o projeto de Rui Rio e de outros eventuais candidatos.

“Dentro de alguns meses haverá uma competição eleitoral no PSD. Eu apreciarei entre os vários candidatos, os projetos que apresentarem e a forma como pretende prosseguir esses projetos. Eu não faço escolhas em abstrato. Esperarei, quer pela decisão do dr. Rui Rio quer pela decisão de outros eventuais candidatos, e à luz daquilo que para mim são as prioridades, tomarei nessa altura a minha decisão como militante do PSD”, declarou.

Poiares Maduro considera que o PSD registou “uma das maiores derrotas da história do partido” e, para voltar a governar, tem de conseguir uma maioria clara no Parlamento.

Para conquistar os eleitores, defende, o partido “tem de ter um projeto político suscetível de federar todas as sensibilidades políticas dentro daquilo que é o espetro da democracia do Estado de direito da área não socialista, mas tem de o fazer com moderação e parece-me com um projeto muito dirigido às gerações mais jovens”.

“Há um aspeto interessante que as sondagens têm revelado, é que são as gerações mais jovens que votam mais no PSD, mas essas gerações não votam o suficiente, são das que mais se abstêm. Uma das prioridades do PSD tem de ter um projeto político suscetível de mobilizar e galvanizar essa geração mais jovem”, sublinha.

Apesar do resultado “francamente mau”, Poiares Maduro admite que “não foi a catástrofe que muitos previa”. E “deixa o PSD em condições de no próximo ciclo político poder de novo constituir-se como alternativa ao PS”, frisa.

A disponibilidade do PSD para colaborar com o PS nas reformas estruturais não pode confundir-se com uma disponibilidade para viabilizar um Governo minoritário de António Costa, incluindo a aprovação de Orçamentos, afirma o social-democrata Miguel Poiares Maduro nestas declarações à Renascença. O ex-ministro de Passos Coelho aconselha o PSD a deixar isso bem claro a António Costa.

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