07 out, 2019 - 02:34 • Rui Barros
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A “Sondagem das Sondagens” da Renascença, um trabalho interativo que aplicava um modelo matemático para chegar à melhor previsão possível do resultado das eleições legislativas deste domingo, conseguiu prever com um desvio médio de 0,74 pontos percentuais os resultados eleitorais.
Se olharmos para os cinco partidos considerados neste trabalho - os cinco partidos com assento parlamentar até à eleição deste ano - verifica-se que o maior erro na previsão aconteceu com o PSD. A Renascença previa 26,36% para os social-democratas, quando na realidade o partido teve 27.9%. A estimativa falhou, assim, por um 1,54 pontos percentuais.
No pólo oposto está a previsão do algoritmo para o Bloco de Esquerda. A “Sondagem das Sondagens” apenas errou por 0,14 pontos percentuais quanto este partido. Foi a estimativa mais próxima da realidade que o algoritmo produziu.
O PAN foi o segundo partido em que a previsão da Renascença menos falhou (mais 0,47 do que a realidade), seguido da CDU (mais 0,51 do que a realidade) e CDS-PP (mais 0,57 pontos percentuais).
De salientar que os maiores desvios entre aquilo que o algoritmo previa e a realidade aconteceram nos dois maiores partidos.
Para estas previsões, a Renascença recorreu a um algoritmo de agregação de sondagens que procura filtrar o ruído estatístico das amostragens para, assim, calcular uma previsão mais exata daquilo que é a opinião pública em Portugal.
O modelo combinou dados de todas as sondagens publicadas nos últimos dois anos num único valor, procurando identificar tendências na evolução da intenção de voto. Veja como tudo isto é calculado aqui.