Agência americana de espionagem violou milhares de vezes normas de privacidade
16 ago, 2013 - 06:53
Esta informação provém dos arquivos divulgados pelo ex-consultor da NSA e da CIA, Edward Snowden, ao “Washington Post” há dois meses. Acusado de espionagem conseguiu asilo temporário na Rússia.<BR>
A Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americana violou normas de segurança ou agiu fora do âmbito da sua autoridade por milhares de vezes desde 2008 no âmbito de programas de vigilância, informou o “The Washington Post”.
O jornal, que cita uma auditoria interna da agência federal, salientou que as infracções afectaram alvos dos programas tanto norte-americanos como estrangeiros dentro dos Estados Unidos.
O relatório da auditoria, datado de Maio de 2012, dá conta de 2.776 incidentes nos 12 meses precedentes de armazenamento ou acesso a comunicações protegidas dos cidadãos por correio electrónico ou telefone e que a maior parte ocorreu acidentalmente e muitos deles tiveram como origem falhas informáticas ou erros tipográficos.
Um dos exemplos avançados revela que a NSA interceptou uma "grande quantidade" de chamadas efectuadas desde Washington quando um erro de programação confundiu o código telefónico 202 (de Washington D.C.) com 20, o internacional para o Egipto.
"Somos uma agência dirigida por pessoas que operam num contexto complicado sob diversos regimes normativos, portanto, às vezes, estamos no lado errado da linha", indicou ao “Washington Post” um funcionário da NSA.
Estas informações procedem dos arquivos divulgados pelo ex-consultor da NSA e da CIA, Edward Snowden, ao “Washington Post” há dois meses. O americano deu a conhecer que os Estados Unidos levavam a cabo uma vigilância aos registos telefónicos e da internet de milhões de cidadãos para descobrir contactos no exterior de suspeitos de terrorismo.
O ex-espião, a quem foi concedido asilo temporário na Rússia, é acusado de espionagem.
Até agora, a administração Obama ainda não deu qualquer informação precisa quanto ao grau de cumprimento dos sistemas de supervisão destes programas de vigilância.
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