23 ago, 2013 - 17:06
Pelas contas das Nações Unidas, já existem cerca de dois milhões de refugiados, dos quais metade são crianças, forçados a abandonar a Síria. O problema exige um envolvimento que vai muito além do esforço que é prestado pelas agências humanitárias, defende o alto-comissário da ONU para os refugiados, António Guterres.
“Os problemas humanitários vão muito além do que as organizações humanitárias podem fazer”, aponta.
“Precisamos que a comunidade internacional, para além de prestar ajuda humanitária, entenda que isto ultrapassa muito o âmbito humanitário”, afirmou António Guterres, esta sexta-feira, numa conferência de imprensa em Genebra, na Suíça.
“Isto está a tornar-se um problema estrutural para as economias e sociedades dos países vizinhos, e precisa de ser abordada nessa perspectiva, mobilizando”, defende.
O alto-comissário das Nações Unidas para os refugiados apela ao apoio global à Síria. “Fico muito satisfeito por ver o Banco Mundial activo nestes países, e outros organismos para o desenvolvimento cada vez mais envolvidos, mas precisamos de mobilizar a cooperação e o desenvolvimento para abordar os problemas na saúde, na educação, nas infra-estruturas, no saneamento, no abrigo.”