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Portugal prefere intervenção na Síria patrocinada pela ONU

02 set, 2013 - 19:01

No entanto, Rui Machete compreende que é preciso tomar medidas e sancionar o uso de armas químicas.

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O ministro português dos Negócios Estrangeiros diz que uma intervenção militar na Síria deverá "na medida do possível" decorrer com um mandato das Nações Unidas, numa altura em que os Estados Unidos ponderam uma acção militar no país.

"Embora se compreenda a necessidade de sancionar uma prática que viola flagrantemente o direito internacional, parece-nos que isso deverá, na medida do possível, ser feito na base de um mandato conferido por uma organização internacional, o que é desejável é que seja a ONU e que o Conselho de Segurança funcione", disse Rui Machete.

O MNE português falava aos jornalistas durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo angolano, Georges Chicoti, que se encontra em visita oficial a Portugal até quarta-feira.

Rui Machete adiantou que apesar de a investigação dos inspectores das Nações Unidas não estar ainda concluída, "restam poucas dúvidas" sobre o uso de armas químicas num conflito que dura há mais de dois anos e fez já mais de 110 mil mortos, segundo dados da ONU.

"Aguardamos os desenvolvimentos. No campo internacional registaram-se posições extremamente cautelosas, incluindo dos Estados Unidos da América. Nós estamos a seguir a situação de modo preocupado, visto que estas matérias têm consequências para a paz, para os povos envolvidos, e económicas e políticas que é muito difícil antecipar neste momento com rigor", disse.

"Preferimos claramente que obedeça [a intervenção militar] ao mandato de um organismo internacional e aos princípios da proporcionalidade e dos objectivos limitados", sublinhou.

De recordar que o regime de Bashar al-Assad terá usado armas químicas contra civis que fizeram mais de mil mortos nos arredores de Damasco. A guerra civil no país, que dura há mais de dois anos, já fez mais de 100 mil mortos.

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