04 set, 2013 - 16:51
O presidente norte-americano ainda acredita que a Rússia pode mudar de posição sobre uma intervenção militar contra o regime da Síria, em resposta a um alegado ataque químico contra civis.
Barack Obama, que vai estar esta quinta-feira na cimeira do G20 em São Petersburgo, na Rússia, diz que vai continuar a tentar envolver o presidente russo, Vladimir Putin.
Tradicional apoiante da Síria, Moscovo admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de apoiar um ataque ao regime de Bashar al-Assad, mas com um mandato das Nações Unidas.
Barack Obama está em Estocolmo, em trânsito para São Petersburgo. Em declarações aos jornalistas ma capital sueca afirmou que o uso de armas químicas na Síria coloca a credibilidade da comunidade internacional em causa.
O líder norte-americano reafirmou a necessidade de haver resposta ao ataque químico de dia 21 de Agosto, nos arredores de Damasco.
Obama aguarda a aprovação do congresso americano à sua decisão de lançar um ataque à Síria. Esta quarta-feira reúne-se a comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros e a decisão final deve ser tomada na segunda-feira, dia 9 de Setembro.
Está previsto que o presidente americano se reúna com os homólogos francês e chinês, à margem do encontro do G-20. O presidente russo, Vladimir Putin, tem mostrado reservas quanto a um ataque à Síria e aguarda provas concretas de que o alegado ataque químico foi levado a cabo por forças leais a Bashar al-Assad.
A guerra na Síria dura há mais de dois anos e já fez mais de 100 mil mortos e dois milhões de refugiados. A situação agravou-se devido a um alegado ataque com armas químicas no dia 21 de Agosto que terá feito mais de 1400 mortos nos arredores da capital.
No primeiro dia de Setembro, o Papa Francisco apelou a todos os “irmãos cristãos, não católicos, os que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade” para que participem na vigília de jejum e oração pela paz no mundo e sobretudo na Síria, no próximo sábado, dia 7.
Durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco falou da Síria e pediu às partes em conflito para encontrarem a via do diálogo e da negociação, lembrando que a guerra não leva à paz.
O Patriarcado de Lisboa associou-se à jornada de oração e jejum pela paz na Síria convocada pelo Papa. Numa nota publicada no site do Patriarcado, D. Manuel Clemente apela a que nas comunidades paroquiais da diocese de Lisboa sejam promovidas iniciativas de oração pela paz na Síria e no mundo, como pediu o Papa Francisco.
[notícia actualizada às 18h59]