12 set, 2013 - 22:46
Se o regime sírio não entregar o arsenal de armas químicas à comunidade internacional vai haver consequências, ou seja, uma intervenção militar, avisam os Estados Unidos.
A posição foi manifestada pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, no primeiro dia de reuniões com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, que decorreu esta quinta-feira, em Genebra, na Suíça.
Kerry declarou que o plano para o arsenal químico da Síria “tem de ser real, tem de ser compreensivo, tem de ser verificável, tem de ser credível”.
“Tem de haver um calendário de implementação e, finalmente, tem de haver consequências se tal não for cumprido”, defendeu o chefe da diplomacia norte-americana.
John Kerry também lembrou que a diplomacia sempre foi a primeira opção dos Estados Unidos: “A diplomacia é e sempre foi o primeiro recurso do presidente Barack Obama e desta administração, e alcançar uma solução pacífica é, claramente, preferível a uma acção militar”.
O responsável norte-americana salientou que “ainda é muito cedo para dizer se estes esforços vão ser bem sucedidos, mas os desafios técnicos de fazer isto no contexto de uma guerra civil são imensos”.
“Por mais difícil que isto possa ser, com a colaboração dos nossos técnicos e apenas com a observância do regime de Assad, acreditamos que esta solução possa ser alcançada”, concluiu.
O chefe da diplomacia norte-americana rejeitou ainda os 30 dias pedidos pelo regime Sírio para fazer um inventário das armas químicas.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros defende que os Estados Unidos devem deixar cair a ameaça de uma ataque aéreo contra a Síria, em resposta ao ataque químico de 21 de Agosto que matou mais de 1.400 pessoas, nos arredores de Damasco.
“Nós partimos do princípio de que a solução para este problema vai tornar desnecessário qualquer ataque contra a Síria. Estou convencido de que os nossos colegas americanos, como o presidente Obama manifestou, estão firmemente convencidos de que devemos seguir um caminho pacífico para resolver o conflito na Síria”, afirmou Sergei Lavrov.