Potências continuam divididas sobre autoria do ataque químico na Síria
17 set, 2013 - 11:32
França diz que relatório da ONU não deixa dúvidas e responsabiliza Assad. Já a Rússia insiste na teoria de que os rebeldes atacaram o bairro, em Damasco, onde morreram mais de mil pessoas.
O Conselho de Segurança da ONU realiza, esta terça-feira, um conjunto de consultas sobre a guerra civil na Síria. Em causa está o acordo entre a Rússia e o regime sírio para eliminar o arsenal químico do país, suspeito de ter estado na origem de ataques a populações civis.
O relatório da ONU não aponta os responsáveis pelo ataque e a comunidade internacional continua dividida sobre o assunto.
França, Estados Unidos e Reino Unido não parecem ter dúvidas de que se tratou de um crime de guerra perpetrado pelo regime de Assad. “Quando se olha para a quantidade de gás usado, os vectores, as técnicas por detrás de um ataque do género, bem como outros aspectos, parece não deixar dúvidas de que o regime esteve por detrás do ataque”, considera o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius.
As declarações do ministro francês surgiram após um encontro com o ministro russo, em Moscovo. A Rússia, por sua vez, continua a insistir na teoria de que o ataque foi uma provocação por parte dos rebeldes, que tinha precisamente como objectivo convidar a uma intervenção no país.
Este ataque em particular, que teve lugar em Agosto, fez mais de mil mortos num bairro nos arredores de Damasco. Não foi a primeira vez que se confirmou a utilização de armas químicas nesta guerra civil que já fez mais de 100 mil mortos e dois milhões de refugiados ao longo dos últimos dois anos e meio.
A condenação internacional chegou ao ponto de admitir uma intervenção estrangeira punitiva, mas os Estados Unidos aceitaram uma proposta da Rússia que prevê a entrega do arsenal químico da Síria à comunidade internacional.
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