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ONU planeia nova inspecção à Síria

18 set, 2013 - 13:18

Inspectores vão investigar mais de dez denúncias relativas a ataques com armas químicas durante o conflito armado no país.

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Os inspectores da ONU, especializados em armas químicas, devem regressar à Síria em breve. A equipa esteve na Síria em Agosto para investigar o uso de gás sarin num ataque perto de Damasco que terá provocado a morte a mais de mil pessoas.

"O nosso calendário ainda não está definido, pelo que não posso dizer quando, mas será em breve", disse à agência France Presse o chefe dos inspectores da ONU. O sueco Aake Sellstrm considera que há "13 ou 14 acusações que merecem ser investigadas".

Até ao final de Outubro, um novo relatório sobre o conjunto dessas acusações "poderá ser apresentado", concluiu.

Os inspectores das Nações Unidas concluíram haver provas "claras e convincentes" do uso de gás sarin num ataque perto de Damasco. "As amostras ambientais, químicas e médicas que recolhemos dão provas claras e convincentes de que foram usados mísseis terra-terra com o gás sarin”, diz o documento em relação ao ataque de 21 de Agosto, que segundo os Estados Unidos fez mais de 1.400 mortos.

O relatório apresentado pela ONU foi considerado pelo governo russo de "parcial". Contudo, quando o secretário-geral das Nações Unidas apresentou as conclusões dos peritos falou de "um crime de guerra".

“Os resultados são avassaladores e indiscutíveis: 85% das análises de sangue deram positivo quanto à presença de gás sarin; a maioria das amostras de natureza ambiental também revela o uso do mesmo gás; grande parte dos fragmentos dos morteiros recolhidos tinha restos do gás sarin. As provas não deixam dúvidas”, revelou.

Ban Ki-moon classificou a utilização de armas químicas na Síria, confirmada por um relatório de peritos, como “crime de guerra” e exigiu que os responsáveis, que não nomeou, “prestem contas” por este “crime desprezível”.


O conflito na Síria começou em Março de 2011 como um protesto pacífico contra quatro décadas de governo da família Assad. Acabou por se tornar numa guerra civil, que já matou mais de 100 mil pessoas.



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