19 set, 2013 - 10:37
O presidente sírio, Bachar al-Assad, garante estar disponível para destruir o arsenal de armas químicas que tem em seu poder, mas avisa que o prazo da operação é incerto e o seu custo poderá rondar mil milhões de dólares, o correspondente a 700 milhões de euros.
Numa entrevista à cadeia de televisão norte-americana FOX News, o líder sublinhou que a operação é "complicada" e "poderá levar um ano", sustentando que o prazo previsto no pacto estabelecido entre os Estados Unidos e a Rússia - destruição do armamento químico até meados de 2014 - é insufuciente.
A disponibilidade manifestada por Assad surge poucos dias depois de Washington e Moscovo terem fechado um acordo para a destruição do arsenal químico, mas o líder sírio diz que a sua decisão não se deve às ameaças de ataques por parte dos EUA.
"A Síria nunca obedece a ameaças. Na realidade, respondemos à iniciativa russa e às nossas necessidades e convicções", vincou Bachar al-Assad, apelando, ainda, ao presidente norte-americano, Barack Obama, para "em vez de ameaçar a Síria com uma intervenção armada, ouça o senso comum do seu povo".
Nesta entrevista à FOX News, o presidente sírio voltou a rejeitar responsabilidades do regime no ataque de 21 de Agosto, em Damasco, argumentando que "qualquer um pode fabricar gás sarin em sua casa".
Assad sustentou, ainda, que que Síria não vive uma guerra civil, mas está antes sob ataque dos jihadistas (combatentes islâmicos) estrangeiros da Al-Qaeda e seus aliados.