19 set, 2013 - 17:09
O Presidente russo, Vladimir Putin, não garante a 100% que a Síria destrua todas as armas químicas de que dispõe. No entanto, Putin tem esperança que o plano seja cumprido com sucesso.
“Seremos capazes de cumprir tudo? Não tenho 100% de certeza, mas tudo o que vimos até agora dá-nos confiança que isso possa acontecer. Espero que sim”, disse em conferência de imprensa.
Putin afirmou ainda que o arsenal químico sírio apareceu como "alternativa" às armas nucleares israelitas, acrescentando que Israel não precisa dessas armas.
O líder russo acredita, por outro lado, que o ataque com armas químicas de 21 de Agosto foi levado a cabo por elementos rebeldes ao regime de Bashar al-Assad, ao contrário do que considera a restante comunidade internacional.
De recordar que Moscovo e Washington aprovaram um plano para a Síria entregar as suas armas químicas. Damasco aceitou, mas pede dinheiro e mais tempo para o fazer. Entretanto, as forças norte-americanas estão no Mediterrâneo com vários navios de guerra prontos a atacar, se for dada a ordem de Barack Obama.
Os inspectores das Nações Unidas concluíram haver provas "claras e convincentes" do uso de gás sarin num ataque perto de Damasco. "As amostras ambientais, químicas e médicas que recolhemos dão provas claras e convincentes de que foram usados mísseis terra-terra com o gás sarin”, diz o documento em relação ao ataque de 21 de Agosto, que segundo os Estados Unidos fez mais de 1.400 mortos.
A guerra civil na Síria dura há mais de dois anos. Segundo as Nações Unidas, morreram 110 mil pessoas e há cerca de dois mil refugiados.