ONU deve agir rapidamente na Síria

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, diz que o Conselho de Segurança das Nações Unidas deve estar pronto a agir sobre a Síria já na próxima semana, agora que está provado que o regime de Bashar al-Assad “é culpado” pelo uso de armas químicas.

“O Governo de Assad é culpado. Sabemos que o regime de Assad tem sarin, não há provas que a oposição tenha. Foram usados rockets já anteriormente utilizados pelo regime de Assad que a oposição não tem”, reforça Kerry.

Numa declaração sem direito a perguntas, John Kerry lembra que o relatório dos especialistas da ONU confirma que foram usadas armas químicas a 21 de Agosto nos arredores de Damasco. “Relatório confirma inequivocamente a utilização de gás sarin. Os inspectores falaram com pessoas, analisaram pele, sangue, cabelos, analisaram o solo”, disse.

Segundo o responsável pela diplomacia norte-americana, o relatório da ONU reforça a posição dos Estados Unidos que há várias semanas garantiam que o regime de Bashar al-Assad tinha utilizado armas químicas contra civis.

“Esta luta não é um jogo, é real, é importante”, acrescenta. No entanto, “a retirada das armas químicas pacificamente é possível”, disse Kerry.

De recordar que Moscovo e Washington aprovaram um plano para a Síria entregar as suas armas químicas. Damasco aceitou, mas pede dinheiro e mais tempo para o fazer. Entretanto, as forças norte-americanas estão no Mediterrâneo com vários navios de guerra prontos a atacar, se for dada a ordem de Barack Obama.

Os inspectores das Nações Unidas concluíram haver provas "claras e convincentes" do uso de gás sarin num ataque perto de Damasco. "As amostras ambientais, químicas e médicas que recolhemos dão provas claras e convincentes de que foram usados mísseis terra-terra com o gás sarin”, diz o documento em relação ao ataque de 21 de Agosto, que segundo os Estados Unidos fez mais de 1.400 mortos.

A guerra civil na Síria dura há mais de dois anos. Segundo as Nações Unidas, morreram 110 mil pessoas e há cerca de dois mil refugiados.