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Síria entregou uma primeira lista de armas químicas

20 set, 2013 - 18:50

Documento faz parte do acordo alcançado entre a Rússia e os Estados Unidos, que visa evitar uma intervenção militar internacional no país, após ter sido  conhecido o relatório dos inspectores das Nações Unidas sobre o ataque de 21 de Agosto.

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A Síria entregou um primeiro documento sobre o seu programa de armas químicas, horas antes de terminar o estipulado no acordo EUA-Rússia, informa Organização para a Interdição de Armas Químicas (OIAC).

Segundo o texto, o secretariado técnico da organização já começou a analisar as informações prestadas pelo governo de Bashar al-Assad.

Um diplomata da ONU que confirmou a entrega da lista disse à agência France Presse que o documento é "bastante longo".

No fim-de-semana passado, os chefes das diplomacias dos Estados Unidos e da Rússia deram uma semana à Síria para entregar uma lista das armas químicas que tem, prazo que termina sábado. O plano prevê que as armas e instalações químicas do regime de Assad sejam destruídas até Julho de 2014.

O acordo surgiu após ser conhecido o relatório dos inspectores das Nações Unidas sobre o ataque de 21 de Agosto, que segundo os Estados Unidos fez mais de 1.400 mortos. A equipa concluiu haver provas "claras e convincentes" do uso de gás sarin num ataque perto de Damasco. "As amostras ambientais, químicas e médicas que recolhemos dão provas claras e convincentes de que foram usados mísseis terra-terra com o gás sarin”, diz.

A perspetiva de uma intervenção militar internacional, que chegou a ser admitida pelo presidente norte-americano, Barack Obama, foi abandonada após um acordo entre Washington e Moscovo, alcançado sábado passado na Suíça, que Damasco aceitou. O arsenal de armas químicas sírio vai passar para as mãos da comunidade internacional. O desarmamento deve ocorrer até meados de 2014.

O conflito na Síria começou em Março de 2011 como um protesto pacífico contra quatro décadas de governo da família Assad. Acabou por se tornar numa guerra civil, que já matou mais de 100 mil pessoas.
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