14 out, 2013 - 01:03
A Scotland Yard divulgou esta segunda-feira dois retratos-robô de um homem que considera prioritário identificar no âmbito da investigação ao desaparecimento de Madeleine McCann, há seis anos em Portugal.
Os retractos foram desenhados com base em depoimentos e descrições de duas testemunhas diferentes, que terão visto o homem na zona da praia da Luz, no Algarve, onde a criança inglesa desapareceu, em Maio de 2007.
O homem foi descrito como sendo de raça branca, com cabelo curto castanho e estatura média, idade entre os 20 e os 40 anos e cara sem barba, refere a Scotland Yard num comunicado da Polícia Metropolitana.
A equipa que está a efectuar uma revisão do caso está a concentrar atenções naquilo que terá acontecido no espaço temporal em que terá sucedido o "rapto", considerando assim "bastante mais significativos" os depoimentos destas testemunhas.
"Embora este homem possa ou não ser a chave para desbloquear esta investigação, encontrá-lo e falar com ele é vital para nós", afirmou o detective Andy Redwood, citado pelo comunicado.
Os dois retractos serão mostrados na segunda-feira à noite no programa Crimewatch da estação pública BBC, dedicado à emissão de apelos públicos para obter informação relativa a crimes em investigação pela polícia.
Na emissão, além de Redwood, serão entrevistados os pais da criança, Kate e Gerry McCann, e mostrada uma reconstituição do que terá acontecido naquela noite para tentar estimular pessoas com informação sobre este homem, a contactar a polícia.
No programa será feito também um apelo às pessoas que tenham estado na Praia da Luz ou perto e que não tenham sido interrogadas pela polícia, a passar informação relevante sobre o caso.
O apelo público será feito pela Scotland Yard em programas equivalentes em canais televisivos da Alemanha, Holanda e Irlanda. O detective encarregado pela investigação diz que pretende fazer o mesmo em Portugal.
A polícia britânica diz ter a trabalhar nesta investigação, denominada "Operation Grange" cerca de 35 pessoas, contando ainda com seis elementos da directoria de Faro da Polícia Judiciária destacados para assistir nas diligências necessárias.
Quarenta e uma pessoas foram classificadas pela Scotland Yard "de interesse" para a investigação, das quais um número indeterminado de portugueses e 15 britânicos, sobre as quais a polícia pensa existirem "razões para desconfiar", nomeadamente antecedentes relacionados com pedofilia.