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Crianças sírias expostas a químicos tóxicos e tráfico humano por causa da guerra

02 jul, 2015 - 07:33 • André Rodrigues

Relatório da UNICEF denuncia aumento do número de casos de trabalho infantil na Síria e de outras actividades perigosas para os mais novos.

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As crianças da Síria estão a pagar um preço elevado pelo fracasso do mundo em pôr fim ao conflito no país. A crítica consta no relatório conjunto da Unicef e da organização Save The Children, divulgado esta quinta-feira.

A culpa é da guerra civil e da crise humanitária, que se traduz num aumento do trabalho infantil para níveis críticos: há cada vez mais crianças empurradas para a exploração no mercado de trabalho.

Mais de três quartos dos agregados familiares inquiridos admitem que as crianças no interior da Síria estão a contribuir para os rendimentos das famílias. 

O relatório fala ainda de um aumento exponencial de crianças envolvidas em situações potencialmente perigosas, como conflitos armados, exploração sexual,  transporte de cargas pesadas, exposição a químicos tóxicos, mendicidade organizada e até mesmo tráfico humano.

A situação é igualmente preocupante com os refugiados. Na Jordânia, cerca de metade das crianças sírias refugiadas são a única fonte de rendimento das famílias. E em algumas regiões do Líbano há registo de crianças a trabalhar com apenas seis anos de idade.

Pelo menos 230.618 pessoas morreram desde o início do conflito na Síria em meados de Março de 2011, segundo o último balanço divulgado pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Entre os 69.469 civis mortos, encontram-se pelo menos 11.493 menores e 7.371 mulheres.

O OSDH, com sede no Reino Unido, conta com dados recolhidos por uma ampla rede de activistas, combatentes e médicos espalhada por todo o país devastado pela guerra.
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