A Presidente brasileira, Dilma Rousseff, teve 71% de reprovação numa sondagem realizada pelo Datafolha, superando as taxas registadas pelo ex-presidente Fernando Collor (1990-1992) às vésperas do seu afastamento do Governo.
De acordo com o jornal “Folha de São Paulo”, na pesquisa anterior, realizada na terceira semana de Junho, 65% dos entrevistados opinaram que o Governo Dilma era "ruim ou péssimo".
O grupo dos que consideram a actuação da Presidente (do Partido dos Trabalhadores/PT) óptima ou boa teve uma queda.
O cenário piorou para a Presidente Dilma também no que diz respeito a um eventual pedido de "impeachment" (afastamento do Governo). Questionados se o Congresso deveria abrir um procedimento formal de afastamento, 66% dos entrevistados disseram que sim e, na pesquisa anterior, realizado em Abril, eram 63% das pessoas com esta opinião.
Em Abril, 29% diziam que a Presidente seria afastada do Governo brasileiro e, agora, 38% disseram pensar que Dilma sofrerá um "impeachment".
O ex-Presidente Fernando Collor de Mello era, até agora, o recordista de impopularidade na série do Datafolha, com 9% de aprovação e 68% de reprovação à véspera de seu afastamento do governo (do processo de "impeachment"), em Setembro de 1992.
As pesquisas Datafolha do período do Governo do Presidente José Sarney (1985-1990) eram feitas em dez capitais. Incomparáveis, portanto, com as seguintes. Nesse universo, Sarney registou 68% de reprovação em seu pior momento, em meio a uma inflação recorde.
A pesquisa de opinião realizada foi feita entre terça e quarta-feira, com 3.358 entrevistados em 201 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.