Pior acidente nuclear desde Chernobil, na Ucrânia, aconteceu a 11 de Março de 2011. Na origem esteve um sismo de magnitude 9 na escala de Richter e consequente tsunami.
O primeiro reactor nuclear reactivado no Japão, esta terça-feira, mais de quatro anos depois do acidente na central de Fukushima, que suspendeu a actividade em todas as centrais do país desde Setembro de 2013.
"O reactor número 1 da central de Sendai - a 1.000 quilómetros a sudoeste de Tóquio - foi reiniciado às 10h30 (2h30 em Lisboa), disse um porta-voz da empresa Kyushu Electric Power.
O reactor deve começar a gerar electricidade na sexta-feira, a qual será explorada comercialmente a partir de Setembro, segundo a companhia.
A reactivação de Sendai, no sudoeste do país, foi levada a cabo com o impulso do governo nipónico, que defende a necessidade de retomar a energia nuclear para estimular o crescimento económico, apesar de a maioria da população japonesa rejeitar a medida por receio de que se repita um desastre como o de Fukushima, em 2011.
Cerca de 200 pessoas concentraram-se junto à central de Sendai, no estremo sul da ilha de Kyushu, e protestaram contra a reactivação, informou a estação pública nipónica NHK. Em Tóquio, grupos de pessoas também se manifestaram contra a decisão em frente ao parlamento.
O sismo de magnitude 9 na escala de Richter e consequente tsunami, que devastaram o nordeste do Japão a 11 de Março de 2011, deixaram mais de 18 mil mortos e desaparecidos, e causaram na central de Fukushima Daiichi o pior acidente nuclear desde Chernobil (Ucrânia) em 1986.
As emissões e derrames resultantes mantêm deslocadas milhares de pessoas que viviam junto da central e afectaram gravemente a agricultura, pecuária e pesca locais.
O desmantelamento da central de Fukushima Daiichi é um complexo processo que vai levar no total entre três e quatro décadas.
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