Mais de 13 milhões de crianças estão impedidas de ir à escola devido aos conflitos no Médio Oriente e no Norte de África.
O número consta de um relatório da UNICEF, publicado esta quinta-feira, onde é medido o impacto da guerra nas crianças em idade escolar em países como a Síria ou o Iraque.
A UNICEF adverte que se está á beira de perder uma geração inteira de crianças. Afastadas das escolas, estas crianças, diz o relatório, acabam por trabalhar ilegalmente, são vulneráveis à exploração e mais facilmente recrutadas para grupos armados.
A principal razão para as crianças não poderem ir às aulas é ataques a escolas. Alguns edifícios são utilizados como abrigo para famílias deslocadas, outros como base para combates.
Na Síria, no Iraque, Iémen e Líbia, perto de nove mil escolas estão sem condições para uma normal utilização e milhares de professores abandonaram a região, com medo.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância garante mesmo não ser coincidência o facto de muitos deles estarem a chegar à Europa. São refugiados que dizem ter na educação dos filhos a principal prioridade: um direito básico e essencial, que não pode ser garantido pelos países de onde são naturais.
Diz o estudo que os estados que estão a receber estes refugiados não têm capacidade para receber estas crianças na escola, porque os seus sistemas de ensino não foram criados para as absorver.
O responsável pelo relatório afirma que a Europa está “a arrebentar pelas costuras” e com dificuldades para fazer face a este que é o maior movimento demográfico desde a Segunda Guerra Mundial.
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