17 set, 2015 - 13:58
O Parlamento Europeu (PE) aprovou, esta quinta-feira, a proposta da Comissão Europeia para a criação de um mecanismo para recolocar mais 120 mil refugiados pelos Estados-membros, além dos 40 mil já acordados desde Maio.
Colocada de forma extraordinária na agenda parlamentar, a votação da recolocação das pessoas que se encontram em Itália, Grécia e Hungria foi aprovada por uma ampla maioria dos eurodeputados. A votação foi proposta na quarta-feira pelo presidente do PE, Martin Schulz.
Na segunda-feira, os ministros da Justiça e da Administração
Interna dos 28
não conseguiram chegar um acordo, numa altura em que aumenta o
número de países a reinstaurar controlos nas fronteiras.
Mais de meio milhão de migrantes foram registados nas fronteiras da União Europeia desde o início do ano. É o dobro dos 280 mil contabilizados ao longo de 2014, informou a agência europeia de controlo de fronteiras - Frontex.
Quase todas estas pessoas atravessaram o mar Mediterrâneo, muitas vezes em embarcações frágeis e em condições precárias, mediante um pagamento a redes de tráfico de seres humanos. A maior parte foge de guerras e perseguições, colocando-se à mercê das redes de tráfico numa tentativa de encontrar melhores condições de vida e segurança. Aceitam, por isso, fazer viagens perigosas.
Dinamarca recebe refugiados voluntariamente
O primeiro-ministro dinamarquês anunciou que o país está disposto a receber mil refugiados, voluntariamente e fora do sistema de quotas obrigatórias proposto pela Comissão Europeia.
Lars Lokke Rasmussen reiterou que a política de imigração e asilo dinamarquesa "não será decidida por Bruxelas", mas reconheceu que a Europa vive uma "situação extraordinária" para a qual é necessário adoptar "soluções comuns".
A Dinamarca não está obrigada a participar na distribuição de refugiados proposta por Bruxelas, já que mantém uma excepção à política comunitária da Justiça e Interior, tal como o Reino Unido e a Irlanda.
Nos últimos dez dias, a Dinamarca recebeu mais de oito mil refugiados, vindos da Alemanha, na sequência da decisão de Berlim de permitir a passagem de refugiados sírios.