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Ajuda portuguesa já chegou aos refugiados na Croácia

24 set, 2015 - 01:53 • Liliana Monteiro

O material chegou em três camiões e está agora nas mãos da Cruz Vermelha.

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Já começaram a ser distribuídas, na fronteira da Croácia com a Sérvia, parte das 50 toneladas de roupa, brinquedos, medicamentos e comida doados pelos portugueses aos refugiados que procuram a Europa.

A caravana Aylan Kurdi, o nome da criança síria que deu à costa já morta e cuja imagem chocou o mundo, já chegou à Croácia e os três camiões, que partiram de Portugal, já foram descarregados. Tudo está nas mãos da Cruz Vermelha.

João Vasconcelos, o mentor do projecto da ajuda aos refugiados, que conta com apoio do Alto Comissário e de outras empresas, falou com a Renascença.

Os três camiões chegaram sem problemas?

Já descarregamos tudo. Ontem de madrugada acabámos de descarregar o último camião num armazém da Cruz Vermelha Croata que está a ser usado para centralizar todos os equipamentos e mantimentos de suporte às actividades de apoio aos refugiados.

A prioridade foi a comida, roupa criança, brinquedos, roupa e produtos de higiene pessoal.

A Cruz Vermelha tem liberdade de acção e consegue actuar no terreno?

Total. Há sítios onde só está a Cruz Vermelha e não está autoridade nenhuma. Ontem estive numa fronteira onde só estava um polícia e uma carrinha da Cruz Vermelha, estavam a entrar centenas de refugiados. A Cruz Vermelha está em todo o lado.

A ajuda que chegou nos camiões já está a ser distribuída no terreno?

Sim, já está. Ela vai sendo distribuída ao longo dos dias. A Cruz Vermelha é que faz essa gestão. Nós estivemos onde a maior parte dessa ajuda vai ser usada.

Sentirem que um povo do outro lado da Europa se solidarizou com eles com uma doação desta dimensão e qualidade sensibilizou-os muito.

Ao que é que assistiu aí na fronteira da Croácia com a Sérvia?

Os locais por onde os refugiados vão entrando variam todos os dias. Acompanhámos a dificuldade das autoridades Croatas em preparar a recepção, com dignidade, destes refugiados. Os centros que eles tinham montado são insuficientes. São milhares e milhares as pessoas que chegam diariamente e que necessitam de um local onde estão cerca de 24h00 a 30h00, onde podem tomar banho, ter tratamento médico, têm um centro de reunificação familiar para encontrar família perdida. Entre os refugiados há muitas famílias e muitas crianças.

Comentários
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  • Pedro
    24 set, 2015 Oeiras 08:53
    É uma pena que esta imensa ajuda solidária Nacional nunca se tenha feito sentir nestes cerca de seis anos às famílias Portuguesas que de repente ficaram na miséria, sem apoios sociais, sem tecto e a viver na rua devido à Crise Económica. Afinal muita gente sempre teve possibilidades de ajudar o próximo, não o quis foi fazer.

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