24 set, 2015 - 09:47
A chanceler alemã, Angela Merkel, apelou esta quinta-feira a um entendimento entre Europa, Estados Unidos, Rússia e países do Médio Oriente para resolver o problema dos refugiados.
A crise só será colmatada “com o apoio dos nossos parceiros transatlânticos, os Estados Unidos, e com a colaboração da Rússia e de outros Estados da região do Médio Oriente, dada a trágica situação na Síria”, afirmou no Parlamento de Berlim.
Merkel acrescenta que o acordo alcançado na recente cimeira de líderes da União Europeia é um primeiro passo, mas apenas isso. É necessário muito mais para resolver aquela que é pior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial.
“Podemos utilizar esse sinal de união [o acordo] para fazer progressos em questões concretas”, defendeu.
1.700 milhões suplementares
A Comissão Europeia propôs-se a mobilizar 1.700 milhões de euros suplementares para fazer face ao afluxo de refugiados. A proposta foi apresentada antes da cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo europeus sobre a crise migratória.
Segundo a comissária para o Orçamento da CE, Kristalina Georgieva, os fundos suplementares elevarão para 9.200 milhões de euros o montante que a União Europeia vai consagrar ao longo dos próximos dois anos.
A nova proposta foi submetida aos chefes de Estado e de Governo dos "28", marcada para a noite de quarta-feira, em Bruxelas, e surge depois do acordo dos ministros da Administração Interna europeus terem decidido repartir o acolhimento de 120.000 refugiados.
Portugal vai também fazer um esforço financeiro suplementar para ajudar a Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) – um apoio que tinha sido reduzido em 2011, devido ao pedido de ajuda externa e que agora é retomado, com um valor superior a 100 mil euros.
De acordo com uma proposta da Comissão Europeia, Portugal deverá receber cerca de 70 milhões de euros até 2020, em fundos comunitários, para integrar refugiados e migrantes.