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Nobel da Medicina distingue combate a doenças causadas por parasitas

05 out, 2015 - 11:52

Academia Sueca premiou três investigadores: um irlandês, um chinês e um japonês.

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Um irlandês, um japonês e uma chinesa. Nobel da Medicina dividido em três
Um irlandês, um japonês e uma chinesa. Nobel da Medicina dividido em três

Os investigadores irlandês William C. Campbell, japonês Satoshi Omura e chinesa Youyou Tu foram galardoados esta segunda-feira com o Prémio Nobel da Medicina, segundo um comunicado da Academia Sueca,.

Campbell e Omura foram distinguidos pelas descobertas relacionadas com uma nova terapia para combater infecções provocadas por parasitas como lombrigas, enquanto Youyou Tu vai receber o prémio por uma inovadora terapia contra a malária.

"As doenças provocadas por parasitas têm afectado a humanidade há milénios e constituem um problema sanitário global. Em particular, as doenças parasitárias afectam as populações das regiões mais pobres do mundo e representam uma grande barreira à melhoria da saúde e do bem-estar. Este ano, os laureados pelo Novel desenvolveram terapias que revolucionaram o tratamento de algumas das mais devastadoras doenças parasitárias", lê-se no comunicado.

Sobre Campbell e Omura, o Comité Nobel realçou a descoberta de um novo medicamento, Avermectin, o que tem permitido baixar significativamente a incidência da Cegueira dos Rios e a Filariose Linfática (Lymphatic Filariasis), também conhecida por Elefantíase Tropical, causada por vermes parasitas do tipo Filarioidea.

Por outro lado, a nova droga tem mostrado "eficácia" noutro tipo de doenças parasitárias.

Já em relação a Youyou Tu, o comité destacou a descoberta da Artemisinin, um medicamento que tem reduzido significativamente a taxa de mortalidade em pacientes que contraíram malária (também conhecido como paludismo).

"As duas descobertas concederam à humanidade meios poderosos para combater este tipo de doenças debilitadoras que afectam anualmente milhões de pessoas em todo o mundo. São imensas as consequências para a melhoria da saúde humana e para a redução do sofrimento", lê-se no comunicado.

Segundo o comité, actualmente, vive-se num "mundo biologicamente complexo", povoado não só por seres humanos como também por uma grande variedade de animais e uma quantidade ainda maior de outros organismos, alguns deles perigosos e até fatais para o homem.

A maioria dos parasitas, que se estima afectar um terço da população mundial e com uma prevalência particular na África Subsaariana, sul da Ásia e nas Américas Central e do Sul.

Na pior das hipóteses, a Cegueira dos Rios (Onchocerciasis) leva a perda total da visão, devido à crónica inflamação da córnea. A Filariose Linfática, por sua vez, afecta mais de 100 milhões de pessoas e provoca inchaços crónicos e engrossamento da pele e de tecidos adjacentes.

Em relação à malária, o mosquito infectado, ao picar, leva o parasita a contaminar os glóbulos vermelhos, provocando febre e, nalguns casos, afecta o cérebro, sendo potencialmente fatal.

Mais de 3.400 milhões de pessoas que residem nas zonas mais vulneráveis são potenciais infectados com malária, que, todos os anos, mata mais de 450 mil pacientes, na sua maioria crianças.

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