07 out, 2015 - 17:06
Os conflitos religiosos em vários pontos do Médio Oriente ameaçam escalar para uma “guerra total” que pode afectar a Europa, alertou esta quarta-feira o Presidente francês.
François Hollande defende uma solução política para a Síria que envolva todas as partes interessadas, incluindo o Irão e a Rússia.
De acordo com o embaixador norte-americano na NATO, a Rússia está a reforçar a sua presença militar na Síria de forma “considerável”.
Moscovo enviou mais meios navais, rockets de longo alcance e um batalhão, correspondente a cerca de mil soldados, apoiado por tanques da última geração, avança Douglas Lute, na véspera de uma reunião de ministros da Defesa da Aliança Atlântica.
Na última semana, a Rússia reforçou de forma “impressionante” o dispositivo militar nas bases sírias de Tartous e Latakia, indica o embaixador dos Estados Unidos.
“Há uma crescente e considerável presença naval da Rússia no Mediterrâneo Oriental. Mais de dez navios actualmente, o que é fora do normal”, admitiu Douglas Lute.
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou esta quarta-feira que quatro navios de guerra, em missão no Mar Cáspio, disparam 26 rockets contra alvos do Estado Islâmico na Síria.
A Rússia iniciou, na semana passada, uma campanha de bombardeamentos na Síria, contra a oposição ao regime sírio do Presidente Bashar al-Assad, que inclui grupos moderados e radicais islâmicos, como a Al-Qaeda ou o autoproclamado Estado Islâmico.
As bombas russas destruíram um paiol de armamento de um grupo rebelde treinado pelos Estados Unidos, disse esta quarta-feira à agência Reuters o comandante do movimento Liwa Suqour al-Jabal.
Este é já o segundo ataque contra o grupo rebelde, que recebeu formação militar da agência norte-americana CIA em campos na Arábia Saudita e no Qatar.
O ministro russo da Defesa, Igor Konashenkov, respondeu às críticas que têm sido feitas à intervenção militar na Síria.
Konashenkov acusa a força aérea dos Estados Unidos de não atacar apenas os radicais do Estado Islâmico.
“Os americanos e as outras forças aéreas [da coligação internacional] iniciaram os ataques há um ano. Temos indícios que levam a acreditar que eles, nem sempre, visaram alvos terroristas”, declarou o ministro russo.