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Avião da Malásia foi abatido por um míssil russo

13 out, 2015 - 09:51

Estudo de empresa revela que este armamento existe no arsenal ucraniano, mas não é usado pelos militares russos. Acidente ocorreu a 17 de Julho de 2014 e provocou a morte de 298 pessoas.

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O voo MH17 da Malaysian Airlines, que caiu na Ucrânia em Julho do ano passado, foi abatido por um míssil BUK de fabrico russo. A conclusão é do inquérito liderado pela Holanda, que durou 15 meses e que deverá ser apresentado esta terça-feira.

Segundo o jornal holandês “Volkskrant”, que cita o relatório, o Boeing 777 foi abatido numa zona de combates entre separatistas pró-russos e forças governamentais quando efectuava a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur. O míssil terá sido disparado do leste da Ucrânia, avança o jornal citando três fontes próximas da investigação.

O aparelho terá sido confundido com um avião militar ucraniano.

Míssil russo mas disparado da Ucrânia

No mesmo dia em que são apresentadas as conclusões do inquérito, o fabricante russo dos mísseis BUK divulga também as conclusões de um estudo feito por sua iniciativa.

O presidente executivo da empresa, Yan Novikov, explica que fizeram algumas experiências para descobrir que tipo de míssil atingiu o avião. "Podemos garantir que caso o Boeing 777 da Malaysian Airlines tenha sido atingido por um míssil BUK terá sido um míssil 9M38, lançado da aldeia de Zaroshchenske”, afirmou, acrescentando que este tipo de armamento existe no arsenal ucraniano mas não é usado pelos militares russos.

De acordo com os rebeldes pró-Rússia, a aldeia de Zaroshchenske não estava sob seu controlo.

“Acreditamos que as sanções contra a empresa são injustas e que não têm qualquer ligação com a catástrofe do Boeing malaio”, afirmou.

O acidente com o avião da Malaysian Airlines ocorreu a 17 de Julho de 2014 e provocou a morte de 298 pessoas. As conclusões da investigação vão ser apresentadas aos familiares das vítimas e depois aos jornalistas, na base militar de Gilze-Rijen, para onde foram levadas as partes do aparelho encontradas no local do acidente e reconstruídas.

As nacionalidades das vítimas são holandesa, malaia, australiana, indonésia, britânica, alemã, belga, filipina, canadiana e neo-zelandesa.

Comentários
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  • Pedro
    14 out, 2015 Lisboa 09:45
    Em resposta ao Mario Moreno devo dizer que os separatistas não são estúpidos, mas fazem-se de estúpidos e são tão terroristas como os do ISIS. Só lhe falta dizer que a culpa foi da Ucrânia por ter deixado passar o avião e que os separatistas mais os seus aliados Russos que foram quem disparou são inocentes. Por favor.
  • Paulo
    13 out, 2015 Lisboa 14:02
    Esta notícia não é novidade nenhuma para quem é realista e inteligente.
  • Mario Moreno
    13 out, 2015 Arrentela 12:22
    Há perguntas pertinentes que os média escondem e a q ninguém responde... Porque foi que o controlo aéreo de Kiev, mandou o avião sobrevoar a zona de combate? porque mandou o avião baixar de altitude? será que os separatistas eram tão estúpidos que não conseguiram distinguir um avião Boing de passageiros de um avião militar? Alguém garantiu que as tropas fieis a Kiev não têm em seu poder os misseis BUK referidos?!.... Estas e outras perguntas, não interessa responder, logo seja qual for a decisão final, será sempre posta em causa por falta de imparcialidade... o que convirá a todas as partes... menos aos inocentes mortos!

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