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Nova tentativa para derrubar Dilma

16 out, 2015 - 23:43

Proposta de 'impeachment' vai ser entregue na próxima terça-feira.

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Um novo pedido de impugnação do mandato da Presidente brasileira Dilma Rousseff vai ser entregue na próxima terça-feira no Congresso, numa iniciativa de três juristas, apoiada pelo principal partido de oposição, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Desde a reeleição de Rousseff, mais de 15 pedidos de 'impeachment' da Presidente brasileira foram entregues na Câmara dos Deputados, segundo a imprensa brasileira.

A diferença relativamente a este novo pedido, de co-autoria do jurista Helio Bicudo, é que se considera que o Governo cometeu irregularidades fiscais no actual mandato, iniciado em Janeiro deste ano.

"Dilma Rousseff violou os princípios constitucionais e legais", afirmou Bicudo, 93 anos, entrevistado pela agência de notícias francesa (AFP).

Bicudo é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT, de centro-esquerda), no qual estão filiados a Presidente e o seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

O jurista saiu do partido em 2005 e, nas eleições presidenciais de 2010, apoiou a ambientalista Marina Silva.

A iniciativa dos juristas Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Bicudo, menciona a maquilhagem feita nas contas públicas em 2014, durante a campanha eleitoral, para não prejudicar a imagem de Rousseff, segundo a AFP, além das chamadas "pedaladas fiscais", ou seja, o uso de empréstimos de bancos públicos para pagar benefícios sociais, o que não é permitido.

Já há um pedido de 'impeachment' de Rousseff feito pelos três juristas em tramitação no Congresso, mas deverá ser arquivado por só levar em consideração fatos relativos ao mandato anterior da Presidente, terminado em 2014.

O actual texto foi reformulado com informações sobre a possível continuidade este ano das chamadas "pedaladas fiscais".

Após ter as contas de 2014 rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União, órgão consultivo do Congresso, o Governo brasileiro afirmou que os empréstimos dos bancos públicos foram feitos por presidentes anteriores, e que Rousseff só usou esse mecanismo para manter os programas sociais.

A Presidente tem dito, assim como ministros do seu governo, que o 'impeachment' é uma tentativa da oposição de dar um "golpe de Estado".

O processo de impugnação de mandato no Brasil começa com a aceitação de um pedido de 'impeachment' pelo presidente da Câmara dos Deputados, cargo actualmente exercido por Eduardo Cunha, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), opositor de Rousseff apesar de seu partido integrar a coligação governamental.

Eduardo Cunha é investigado por supostamente ter recebido dinheiro de suborno de contratos da Petrobras e de o ter depositado em bancos suíços.

Comentários
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  • Daniel
    18 out, 2015 Oeiras 04:10
    Infelizmente e como toda a gente sabe, este tipo de notícia não é novidade para o Mundo, pois no Brasil sempre vigorou a corrupção desde ao cidadão comum ao mais alto cargo político.
  • Adriano
    18 out, 2015 Portugal 02:49
    Esse camarada do comentário anterior ou é petista de carteirinha ou é da esquerda comunista e deve estar mamando na Petrobras também... Na visão curta dele a pessoa sendo petista pode roubar e fazer aquilo que quizer que não é crime....dar exemplo de Paulo Henrique Amorim outro petista de carteirinha ....repórter e jornalista da ralé brasileira e mesma coisa de dar como exemplo um desconhecido.....tudo que se faz contra o pt é golpe....tudo que petistas fazem é dentro da legalidade.... Passem bem...contém outra história seus ladroes
  • Carlos Alberto Gomes
    17 out, 2015 Palmas 12:22
    Tanta azafama contra a presidenta Dilma, mas se esquecem de noticiar que não só não haverá impeachment tão cedo por cause de duas liminares do STF, como ainda se esquecem de noticiar o vazamento de provas documentais incriminando Eduardo Cunha, atual presidente do Congresso, no caso de corrupção que o envolve. A este tipo de imprensa, o jornalista carioca Paulo Henrique Amorim chama de PiG, partido da imprensa golpista, o qual inclui O Globo, forma como Roberto Marinho designava o seu império mediático. Será que a imprensa portuguesa, ao ter este caráter seletivo, quer também se juntar ao referido PiG? Se noticiam uma coisa, também têm que noticiar a outra, pois o jornalismo se quer isento, não parcelar. Isso fica para o referido PiG.

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