23 out, 2015 - 21:36
O estado de saúde do activista angolano Luaty Beirão permanece de alerta, ao fim de 33 dias de greve de fome, em protesto contra o excesso de prisão preventiva, desde a sua detenção, em Luanda, em Junho deste ano.
A informação sobre o estado de saúde de Luaty Beirão, que integra um grupo de 15 jovens activistas detidos e acusados formalmente de prepararem uma rebelião e um atentado contra o Presidente angolano, foi prestado ao final do dia de sexta-feira, à agência Lusa, pela mulher do activista, que o acompanha na clínica privada de Luanda onde se encontra, sob detenção.
"Continua a mesma coisa, ontem [quinta-feira] à noite teve uma dormência de 40 minutos, mas que passou logo a seguir, mas hoje é exactamente a mesma coisa, continua o estado de alerta", explicou Mónica Almeida.
Acrescentou que o quadro clínico de Luaty Beirão, de 33 anos, é estável e de lucidez, mas "a um ponto que dentro de um minuto pode não estar".
"É óbvio que nós estamos preocupados. Cada dia que passa aumenta a nossa preocupação", manifestou Mónica Almeida.
Luaty Beirão, que também tem nacionalidade portuguesa, exige aguardar em liberdade o julgamento, marcado para entre 16 e 20 de Novembro, no Tribunal Provincial de Luanda, conforme previsto na lei angolana para este tipo de crime.
Luaty Beirão é filho de João Beirão, já falecido, que foi fundador e primeiro presidente da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), entre outras funções públicas, sendo descrito por várias fontes como tendo sido sempre muito próximo do chefe de Estado.