25 out, 2015 - 21:13
Os conservadores do partido Lei e Justiça (PiS), liderado pelo eurocéptico Jaroslaw Kaczynski, obteve a maioria absoluta nas eleições legislativas na Polónia, de acordo com projecções divulgadas pelos três canais de televisão polacos.
De acordo com o resultado das sondagens à boca das urnas, o PiS alcançou 39,1% dos votos, ou seja, 242 deputados em 460 lugares.
A candidata deste partido conservador e nacionalista ao lugar de chefe do governo é a antropóloga de 52 anos Beata Szydlo, que defende a importância dos valores católicos e patrióticos, propõe uma redistribuição da riqueza para beneficiar as classes trabalhadoras e manifesta-se relutante em aceitar todas as directrizes que chegam de Bruxelas.
O segundo partido mais votado, segundo as projecções, é a Plataforma Cívica (PO), de centro-direita, da primeira-ministra cessante Ewa Kopacz, com 23,4% dos votos e 133 deputados.
Kaczynski declarou vitória e fez um tributo ao seu irmão gémeo, o antigo presidente Lech Kaczynski, que morreu em 2010 num acidente de aviação em Smolensk, Rússia.
"Sem ele não estaríamos hoje aqui. O seu espírito é mais forte que o seu corpo. Temos de manter a sua memória viva", disse, recordando aqueles que também faleceram no mesmo acidente.
"Esta é a primeira vez na história da Polónia democrática que um partido sozinho alcança a maioria", acrescentou.
Entretanto, Ewa Kopacz admitiu a derrota. "Não desperdiçámos os últimos oito anos", disse aos membros do seu partido, na sede em Varsóvia.
"A Polónia é um país que registou um progresso económico, uma taxa de desemprego reduzida a um dígito. Esta é a Polónia que deixamos aos vencedores das eleições", salientou.
Pela primeira vez, desde o colapso do comunismo no país, em 1989, os partidos de esquerda ficaram fora do Parlamento.