27 out, 2015 - 21:42
O activista angolano Rafael Marques considera que a greve de fome de Luaty Beirão, preso em Angola, funcionou como "catalisador para a mobilização da solidariedade internacional a favor da liberdade de expressão em Angola".
O jornalista e autor do livro "Diamantes de Sangue" encontrou-se esta terça-feira, em Lisboa, com representantes do Bloco de Esquerda para debaterem os atentados à liberdade em Luanda.
“Esta solidariedade genuína que tem estado a crescer em Portugal é muito mais importante do que as relações bilaterais”, salientou.
Rafael Marques acusa as autoridades angolanas de tentarem levantar uma cortina de fumo sobre a greve de fome de Luaty Beirão, para desviar as atenções da questão principal.
“Essa crítica que foi feita em Angola da ingerência do embaixador português, por ter visitado Luaty Beirão, foi por autorização das próprias autoridades angolanas. Antes do embaixador português, os embaixadores da União Europeia visitaram Luaty Beirão e não houve qualquer reacção. Logo, foi uma forma de distracção por parte do poder político, de criar aqui uma medida de distracção daquilo que são os assuntos em discussão: a greve de fome, o perigo de vida do Luaty Beirão e os incessantes apelos para que libertem os jovens da sua actual condição carcerária.”
O jornalista considera que o sistema judicial de Luanda não merece "confiança", até porque "não há separação de poderes" com o procurador-geral da República a receber instruções directas do chefe de Estado.
"O que nós queremos em Angola é liberdade de pensamento, de expressão, e usufruto dos direitos consagrados pela Constituição", frisou o escritor e activista dos direitos humanos.
Rafael Marques acusa as autoridades angolanas de tentarem levantar uma cortina de fumo sobre a greve de fome de Luaty Beirão, para desviar as atenções da questão principal.
“Essa crítica que foi feita em Angola da ingerência do embaixador português, por ter visitado Luaty Beirão, foi por autorização das próprias autoridades angolanas. Antes do embaixador português, os embaixadores da União Europeia visitaram Luaty Beirão e não houve qualquer reacção. Logo, foi uma forma de distracção por parte do poder político, de criar aqui uma medida de distracção daquilo que são os assuntos em discussão: a greve de fome, o perigo de vida do Luaty Beirão e os incessantes apelos para que libertem os jovens da sua actual condição carcerária.”
O rapper e activista Luaty Beirão terminou na segunda-feira uma greve de fome que durou 36 dias. Rafael Marques revela que foi o primeiro a aconselhá-lo a não avançar para esta forma de luta, mas que o conselho de nada valeu.
O embaixador de Angola em Lisboa pediu explicações ao Governo português por causa daquilo que chama ingerência de partidos e até de candidatos à Presidência da República portuguesa nos assuntos internos de Angola. Em entrevista à Radio Nacional de Angola, o embaixador José Marcos Barrica deixa criticas a Portugal.
Luaty Beirão e mais outros 14 activistas encontram-se presos preventivamente em Angola, todos acusados de tentarem um golpe de Estado no país.
O rapper e activista Luaty Beirão terminou na segunda-feira uma greve de fome que durou 36 dias, um por cada ano do Presidente José Eduardo dos Santos no poder.
Rafael Marques revela que foi o primeiro a aconselhá-lo a não avançar para esta forma de luta, mas que o conselho de nada valeu.
O embaixador de Angola em Lisboa pediu explicações ao Governo português por causa daquilo que chama ingerência de partidos e até de candidatos à Presidência da República portuguesa nos assuntos internos de Angola. Em entrevista à Radio Nacional de Angola, o embaixador José Marcos Barrica deixa criticas a Portugal.
Luaty Beirão e outros 14 activistas encontram-se presos preventivamente em Angola, todos acusados de tentarem um golpe de Estado no país.