31 out, 2015 - 23:49
A companhia aérea francesa Air France não vai voltar a sobrevoar a península do Sinai, no Egipto, até obter "esclarecimentos" sobre o sucedido com o Airbus A321 que se despenhou este sábado, causando a morte aos seus 224 ocupantes.
Fonte oficial da Air France adiantou que a decisão é uma medida de precaução face às informações contraditórias sobre o possível envolvimento do autoproclamado grupo Estado Islâmico no acidente.
Também a Lufthansa já manifestou que não sobrevoará a península do Sinai, invocando "razões de segurança".
Uma ala que diz estar ligada aos terroristas do Estado Islâmico no Egipto reivindicou no 'Twitter' ter abatido o avião russo que se despenhou no Sinai, no leste egípcio, provocando a morte aos 224 passageiros e tripulantes.
"Os soldados do Califado conseguiram abater um avião russo na província do Sinai transportando mais de 220 cruzados que foram mortos", afirmou o grupo extremista num comunicado colocado nas redes sociais, indicando ter agido como "represália" à intervenção russa na Síria.
O avião, que tinha como destino São Petersburgo, caiu ao sul da cidade egípcia de Al-Arish, capital da província do Norte Sinai, pouco depois de levantar voo de Sharm el-Sheik, com 224 pessoas a bordo.
O aparelho pertence à companhia russa MetroJet (Kogalimavia), fundada em 1993 e com base no aeroporto moscovita de Domodedovo, que realiza habitualmente voos fretados.
Vários especialistas militares questionados pela agência de notícias AFP disseram que os insurgentes do Estado Islâmico, que tem seu bastião no norte da península do Sinai, não dispõem de mísseis capazes de atingir um avião a 30 mil pés, mas não excluem a possibilidade de uma bomba a bordo do avião, ou que foi atingido por um foguete ou míssil quando descia na sequência de falhas técnicas na aeronave.
O contacto com a aeronave perdeu-se 23 minutos depois da descolagem do aeroporto de Sharm el-Sheikh, na fronteira com o Mar Vermelho.