04 nov, 2015 - 23:26
Fontes da segurança europeias e norte-americanas, não identificadas pela agência Reuters, dizem que há provas que sugerem que a detonação de uma bomba terá estado na origem da queda de um avião russo na península do Sinai, no Egipto.
As mesmas fontes acrescentam que não há ainda conclusões finais sobre o desastre que vitimou 224 pessoas.
Um grupo terrorista alegadamente ligado ao autoproclamado Estado Islâmico reivindicou o ataque ao avião.
No entanto, desde as primeiras horas que autoridades russas e egípcias têm negado a hipótese de atentado.
Ouvido pela Renascença, o investigador do Instituto Português de Relações Internacionais Carlos Gaspar considera que, a confirmar-se, esta é "uma resposta previsível do Estado Islâmico à intervenção muito significativa que a Rússia está a fazer na Síria.
Carlos Gapar explica ainda que o "Estado Islâmico cresce em função dos inimigos que consegue obter e, dentro desse cenário, a explicação para um eventual atentado do Estado Islâmico contra um avião civil russo, além de confirmar a sua natureza bárbara e terrorista, seria justamente estimular essa imagem, essa percepção de que o Estado Islâmico está a ser objecto de acções de guerra por parte de todas as principais potências cristãs, para usar a linguagem que é reconhecida por esses movimentos sectários".