10 nov, 2015 - 13:49
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O número de refugiados e migrantes que cruzaram o Mediterrâneo e chegaram às costas europeias em 2015 atingiu os 800 mil nas últimas horas, quadruplicando o número registado em 2014, informou a Organização Internacional das Migrações (OIM).
Até domingo passado, segundo a organização, tinham chegado à União Europeia 798.792 pessoas.
"Não obstante, calculamos que esse número foi superado nas últimas horas e que ultrapassámos o limiar dos 800 mil", disse à imprensa em Genebra o porta-voz da OIM Joel Millman.
Daquele total, 653.075 chegaram à Grécia, 141.766 a Itália, 3.845 a Espanha e 106 a Malta.
No mesmo período, a OIM registou 3.455 mortes de migrantes que tentaram atravessar o Mediterrâneo.
A pior crise europeia de movimentação de pessoas desde a II Guerra Mundial arrisca desencadear "mudanças tectónicas", preveniu o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
A Comissão Europeia estimou que três milhões devem chegar à Europa até 2017, altura em que haverá uma "normalização gradual dos fluxos".
Novos muros
A Áustria anunciou que vai erguer uma cerca ao longo da sua fronteira com a Eslovénia para controlar o fluxo migratório.
Mas este não é o primeiro. As autoridades húngaras começaram a 13 de Julho a erguer um muro de quatro metros de altura que deverá prolongar-se pelos 175 quilómetros da fronteira entre a Hungria e a Sérvia.
Já o governo búlgaro começou a reforçar o controlo da sua fronteira com a Turquia em 2014. Uma das medidas foi a construção de um muro com cerca de 160 quilómetros ao longo da linha fronteiriça.
Mais recente é a vedação de 1,5 quilómetros em Calais, no Norte de França, ao longo da entrada para o Canal da Mancha e que vai dar ao sul de Inglaterra. A estrutura, com pouco menos de quatro metros de altura, é temporária e será aumentada. O Reino Unido está a planear gastar cerca de 31 milhões de euros em novas vedações.