14 nov, 2015 - 12:55
Num vídeo divulgado e citado na agência Reuters, o autoproclamado Estado Islâmico ameaça a França com novos ataques enquanto se mantiverem as políticas do governo de Paris.
"Enquanto continuarem a bombardear, não viverão em paz. Vão até ter medo de ir até ao mercado", declarou um dos militantes, identificado como Abu Maryam, "O Francês".
O Presidente francês atribuiu a autoria dos atentados em Paris ao Estado Islâmico. Pouco depois desta declaração ao país de François Hollande, o grupo terrorista reivindicou a autoria dos ataques.
Num comunicado oficial, o grupo afirma que os seus militantes, munidos de cintos de explosivos e metralhadoras, desempenharam os ataques em vários locais "cuidadosamente estudados" da capital francesa.
“Oito irmãos que transportavam cintos com explosivos e armas atacaram áreas no coração da capital de França que foram previamente escolhidas”, diz o comunicado.
O texto tem, porém, um erro. O grupo reivindica com agrado o facto de ter atingido "alvos no 10º, 11º e 18º bairros" de Paris. No entanto, esta última alegação parece falsa, já que, havendo registo de ataque no 10º e 11º bairros, não há registo, até ao momento, de qualquer atentado no 18º.
"Um acto de guerra"
"[Foi] Um acto de guerra que foi planificado a partir do exterior, com cumplicidades interiores, que o inquérito vai estabelecer", disse François Hollande este sábado, numa comunicação ao país.
"Todo o território será vigiado com os meios que temos disponíveis e com apoio dos nossos aliados", disse.
Hollande classificou os atentados como "um ataque contra os valores de França", "um país livre que fala para todo o mundo"
O Presidente francês decretou três dias de luto nacional. "O país está em dor", disse.
Hollande actualizou o balanço das vítimas dos atentados: 127 mortos e um número grande de feridos.