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Paris. Portuguesa sobreviveu ao ataque ao Bataclan

14 nov, 2015 - 12:07

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Há pelo menos uma portuguesa que sobreviveu ao ataque na sala de espectáculos Bataclan, em Paris. A jovem portuguesa está bem, ainda que em estado de choque, revelou à Renascença Carlos Pereira, director do "Luso Jornal", jornal bilingue das comunidades lusófonas de França e da Bélgica.

“Há uma portuguesa que estamos a tentar contactar, que não teve nenhum ferimento e não morreu, felizmente. Os pais já nos disseram que ela está bem, mas está traumatizada e não quer falar ainda. É muito provável que nestes espaços todos onde houve atentados haja portugueses. Com tantos portugueses em França...", diz Carlos Pereira.

Carlos Pereira diz também que estavam portugueses no estádio de França, a ver o jogo França-Alemanha, na altura em que se verificaram as explosões nas proximidades do recinto.

“Muitos portugueses estavam a ver o jogo de futebol, no estádio. Nós contactámos alguns. Aí não houve nenhum problema de maior já que as bombas explodiram no exterior. Ficaram retidos no estádio durante algum tempo”, diz.

Armindo Faria, jornalista da Rádio Alfa, de Paris, estava no Estádio de França.

“Eu estava a assistir ao jogo. Aos 16 minutos, houve a primeira bomba, que explodiu fora do estádio. Passaram três, quatro minutos, a segunda bomba rebentou. As pessoas que estavam no jogo não sentiram nada, não deu para perceber dentro do estádio o que se estava a passar fora do estádio”, conta.


Foi no intervalo do jogo que teve noção do que estava a acontecer. “Um colega jornalista disse-nos que uma bomba rebentou fora do estádio e que havia dois mortos. Procurei através da televisão saber o que se passava”, conta.

“O pior foi depois, quando o pessoal começou todo a sair e alguém disse 'Há uma pessoa lá fora armada'. E as pessoas invadiram o campo outra vez. As pessoas choravam."

Pelo menos 127 pessoas morreram e 180 ficaram feridas, 80 dos quais em estado crítico, em diversos atentados em Paris, na sexta-feira à noite. Oito terroristas, sete deles suicidas, que usaram cintos com explosivos para levar a cabo os atentados, morreram.

Os ataques ocorreram em pelo menos seis locais diferentes da cidade, entre eles uma sala de espectáculos e o estádio nacional, onde decorria um jogo de futebol entre as selecções de França e da Alemanha.

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente François Hollande classificou como “ataques terroristas sem precedentes no país”.

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