16 nov, 2015 - 12:07
O primeiro-ministro condenou os "hediondos ataques" terroristas de sexta-feira à noite, em Paris. O Governo português associou-se ao minuto de silêncio em homenagem às vítimas. O Presidente da República, Cavaco Silva, pediu uma "resposta rápida" da Europa, que "não pode continuar de braços caídos".
Pedro Passos Coelho cumpriu a homenagem na residência oficial em São Bento, junto dos embaixadores dos Estados-membros da União Europeia.
Atitudes como esta "não podem afastar a Europa do ideal de liberdade", disse Passos, que pede uma resposta conjunta contra o terrorismo.
Passos disse que na noite de sexta-feira dirigiu condolências à nação francesa e expressou o seu pesar junto dos familiares das vítimas portuguesas.
"Penso que é urgente encontrar respostas conjuntas cada vez
mais eficazes no combate ao terrorismo o que implica desde logo uma melhor e
mais reforçada cooperação em vários domínios entre todos os Estados-membros", afirmou. "Tal deverá acontecer não só no plano da União Europeia, mas
igualmente ao nível internacional, uma vez que se trata de um fenómeno complexo
e que não conhece fronteiras".
Na mesma linha, o Presidente da República português defendeu uma "resposta rápida" ao terrorismo, considerando que a Europa "não pode continuar de braços caídos" depois de crimes tão "hediondos" como o que aconteceu sexta-feira em Paris.
"A Europa depois do que aconteceu em Paris e do que já tinha acontecido anteriormente também em Paris, (...) do que aconteceu na Tunísia, do que aconteceu no Líbano, não pode continuar de braços caídos, é preciso encontrar uma resposta e uma resposta tão rápida quanto possível", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas à chegada ao Funchal, na Madeira.
Três dias de luto
Em França cumpriu-se esta segunda-feira o terceiro dia de luto em memória das vítimas dos atentados de Paris, no mesmo dia em que todos os países europeus são convidados a cumprir um minuto de silêncio às 12h00, (11h00 em Lisboa), em memória das vítimas.
Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que
morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de
espectáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as
selecções de França e da Alemanha.
A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o Presidente francês, François Hollande, classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".
O autodenominado Estado Islâmico reivindicou no sábado, em comunicado,
os atentados de sexta-feira em Paris. Os ataques coordenados provocaram 129
mortos e mais de 400 feridos.