16 nov, 2015 - 09:48 • Ricardo Conceição , em Paris
Paris amanhece esta segunda-feira com a tentativa do regresso à normalidade. Os serviços reabrem para um quotidiano normal depois da brutalidade dos acontecimentos da última sexta-feira. Reabrem os mercados, as escolas, as creches, as universidades e os parques públicos em Paris, tal como alguns dos marcos emblemáticos da cidade, como o Museu do Louvre, que volta a abrir portas às 13h00.
A palavra “guerra” está cada vez mais presente no discurso do governo e das autoridades, e está também nos editoriais dos principais jornais franceses. A França está em estado de guerra, pelo que designam os discursos oficiais. Mas nas ruas não se sente isso. Há reforço policial, mas não se sente essa presença em força dos militares nas ruas, ainda que os ânimos estejam exaltados e os nervos à flor da pele.
No domingo à noite houve um pequeno rebentamento, mas ainda não se percebeu bem o que aconteceu: se terá sido uma lâmpada ou se terá sido um petardo na Praça da República, um dos locais marcados pelos atentados já muito perto do Bataclan.
As pessoas começaram a fugir, a polícia começou a dizer às pessoas para se abrigarem e para se refugiarem, e viveram-se momentos de grande confusão no que depois acabou por se revelar um falso alarme. O episódio atesta bem que as pessoas andam muito desconfiadas, no metro, no autocarro e nas ruas.
Membros da Câmara Municipal de Paris prestam esta segunda-feira uma homenagem às vítimas. Ao meio-dia (11h00 em Lisboa), cumpre-se um minuto de silêncio. A União Europeia já apelou a que se cumpra este minuto de silêncio em todos os países da Europa.