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Muçulmanos franceses condenam atentados: “Somos todos vítimas”

17 nov, 2015 - 15:28 • Ricardo Conceição , em Paris

Visitámos a maior e mais antiga mesquita de França. Ideia comum entre os muçulmanos com quem falámos: os ataques de sexta-feira não representam o islão.

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Foi da Grande Mesquita de Paris, a maior e mais antiga de França, que partiu uma condenação formal dos atentados de sexta-feira. “Somos todos vítimas desta barbárie”, disse o reitor. E é essa também a mensagem que deixam os muçulmanos com quem a Renascença falou no pacato bairro Jardin des Plantes, do centro de Paris, onde se situa a mesquita.

“A nossa religião em momento algum diz para praticarmos o mal. Pratico a minha religião como aprendi e faço como ela me pede”, explica um homem.

Perto do mesmo local, uma mulher insiste que o islão é uma religião da paz. “O islão é uma religião pacífica e ensina-nos a não praticar coisas como as que vimos”.

Com todas as pessoas com quem falamos, o tom é sempre o mesmo. “O islão condena actos destes, são actos de barbárie, são coisas desumanas”, diz um jovem.

A mesquita onde nos encontramos foi construída pelo Estado no final da I Guerra Mundial como agradecimento pela participação de soldados islâmicos nesse conflito.

A Grande Mesquita de Paris convocou todos os muçulmanos para comparecerem às 14h00 da tarde da próxima sexta-feira numa homenagem às vítimas que será feita naquele local do quinto bairro parisiense.

A numerosa comunidade muçulmana receia que o radicalismo tenha consequências graves junto da opinião pública francesa e procura passar a mensagem de que o islão não é violência, nem radicalismo.

Comentários
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  • A.Pera
    18 nov, 2015 Acimada 00:09
    Estão-se a limpar. Quando a poeira assentar vão continuar com a acção de paulatinamente dominar a França, demore o tempo que demorar...
  • joao
    17 nov, 2015 barreiro 22:01
    o que é certo é que os bons nao denunciam os maus . existe uma conivencia entre eles (irmaos) , tal com existe entre a esquerda e a direita europeia !
  • Spinus
    17 nov, 2015 Luxemburgo 20:55
    "Pois, nunca representam o Islão, mas a verdade é que a maior parte deles é assíduo nas mesquitas e muita gente sabe que são radicais e são protegidos à mesma...enfim." Por essa lógica, os laicos deviam estar todos presos: Nazis, da Alemanha, fascistas , comunistas da URSS, da China, da Coreia ou ainda do Cambodja, provocaram milhões de mortos! Porquê generalizar em relação a uns e não em relação a outros?
  • Ricardo Costa
    17 nov, 2015 Lisboa 19:51
    Muçulmanos franceses condenam atentados: “Somos todos vítimas”- Ora bem estes senhores que dizem isto são os mesmos que à uns meses bateram em 2 mulheires em plena conferencia islamica?? são estes os senhores que querem passar por cima das leis europeias e obrigam as mulheres a andar de burca ao pé de suas casas? Hipocrisia!!! chamam os outros de radicais quando eles espalham o terror de outras formas... espancando mulheres na praça publica, obrigando elas a verem eles a ter sexo com outras, não deixam sair as mulheres sozinhas a rua, violam mulheres europeias porque não conseguem olhar para uma mulher sem ter outros pensamentos... enfim... depois dizem que é xenófobo.. mas de que parte vem a xenofobia, de que parte vem o terrorismo?? perguntem aqueles que sofrem com o todo islão
  • António Costa
    17 nov, 2015 Cacém 19:36
    A presença da França na Argélia data da primeira metade do Séc. XIX. A França, como estado laico sempre tratou o Islão com respeito. Na I Grande Guerra (1914-18) e depois na II Grande Guerra (1939-45) os argelinos lutaram no exército francês. Morreram e sofreram como o resto dos franceses com a Guerra. A guerra da independência da Argélia, foi muito dura, mas de perseguições religiosas, nunca ouvi falar. O regime da Argélia da independência era "próximo" da URSS. Por alguma razão o EI só fala dos cruzados, com quase 1000 anos. Enfim, o Islão e a Paz.....Maomé construiu um Império, bem organizado. Os impérios formam-se e conquistam-se com "espadas" e com guerras...O Islão estabelece um conjunto de regras para o dia-a-dia. Quando não se concorda com as regras no Ocidente, tenta-mos altera-las. Foi isso que aconteceu, por exemplo nos últimos 100 anos, com a condição da mulher. Alterar regras no Islão implica ir contra o Livro Sagrado do Islão, o Alcorão. É como ir contra a Palavra de Deus. O Castigo? Bem, Raif Badawi, prémio Sakharov 2015 foi condenado a 1000 chicotadas na Arábia Saudita....É isto a Paz?
  • Vasco
    17 nov, 2015 Santarém 18:29
    Continuem a deixar-se embalar na conversa deles e um dia a França se transformará num grande Kosovo, restará saber se estarão de acordo e do mesmo lado tal como estiveram em relação aos kosovares.
  • Luis
    17 nov, 2015 PdeM 17:54
    Obviamente, que ninguém vai dizer nesta altura do "campeonato" que apoia a Jihad na Siria, no Iraque ou onde quer que seja. Só alguém muito estupido, porque ainda esta noite estaria no calabouços da Policia ou a caminho do país de origem. Como dizia o outro; mas que os há, há...
  • Antonio Rodrigues
    17 nov, 2015 Viseu 17:49
    Esta Renascença é o máximo. Se calhar queriam que dissessem o contrário! Não???
  • Zé Povinho
    17 nov, 2015 Lisboa 17:37
    De facto, nem todos os Muçulmanos são extremistas. Ao que parece, 25% é que são, ou seja, em cada 100, 25 são extremistas entre ativos e pré-ativos! O que os Muçulmanos "bons" têm que fazer, é denunciar os maus, pois andam todos misturados e deverá haver alguém terrorista na família de algum Muçulmano. Que o denuncie!
  • The One
    17 nov, 2015 Lisboa 17:29
    Pois, nunca representam o Islão, mas a verdade é que a maior parte deles é assíduo nas mesquitas e muita gente sabe que são radicais e são protegidos à mesma...enfim.

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