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Saint Denis

Cerco policial a grupo terrorista nos arredores de Paris. Dois mortos confirmados

18 nov, 2015 - 07:05 • João Cunha , Marília Freitas

Dois dos seis terroristas cercados num apartamento nos arredores do Stade de France morreram, entre eles uma mulher que se fez explodir à chegada da polícia. Sete pessoas foram detidas. Há vários feridos. "As pessoas estão assustadas", dizem testemunhas no local.

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Tiroteio em rusga policial em Paris. Dois suspeitos mortos
Tiroteio em rusga policial em Paris. Dois suspeitos mortos

O bairro de Saint Denis, a norte de Paris, acordou esta quarta-feira ao som de intenso tiroteio. Foram confirmados dois mortos: uma mulher, bombista-suicida, que se terá feito explodir logo à chegada da polícia, e um outro suspeito de terrorismo, baleado pela polícia. Há vários feridos, entre os quais três elementos do corpo policial.

Há ainda sete detidos, mas não se confirma a detenção do belga Abdelhamid Abaaoud, alvo da operação e alegado cabecilha dos atentados em Paris de sexta-feira que provocaram 129 mortes e mais de 350 feridos.

Forças especiais da policia francesa, entre elas o RAID, a força anti-terrorista, lançaram esta quarta-feira uma operação que começou com um cerco a um apartamento, onde estavam refugiados vários homens suspeitos de envolvimento nos atentados em Paris. Entre os cinco homens que ainda permaneciam no apartamento depois da morte da mulher estaria Abdelhamid Abaaoud.

Um dos vários rebentamentos que se ouviu em Saint Denis terá sido provocado por esta mulher que se fez explodir e que poderá ser o nono elemento detectado pelas autoridades como fazendo parte dos grupos que levaram a cabo os atentados.

O autarca de Saint Denis, Didier Paillard, ordenou que as escolas e colégios do município permanecessem fechados esta quarta-feira, segundo a Rádio France Info.

Já a ministra francesa da Justiça francesa avançou, através da sua conta no Twitter, que a operação policial anti-terrorista estaria a chegar ao fim, mas não existem sinais de conclusão no terreno. Didier Paillard negou entretanto esta informação e declarou que a operação ainda está a decorrer.

Este raide policial, que tem como alvo o alegado cabecilha dos ataques a Paris na sexta-feira, teve início às 4h20 em França (3h20 portuguesas).

"É polícia por todo o lado, as pessoas estão assustadas"

A operação policial decorre num local próximo do Stade de France, o estádio de futebol em Saint Denis onde três bombistas suicidas se fizeram explodir. No restaurante português "O Transmontano", próximo do estádio, uma das funcionárias, Noémia Silva, relatou à Renascença que há notícia de pelo menos três polícias feridos.

"É polícia por todo o lado e as pessoas estão um bocado assustadas com o que se está a passar. Temos aqui muitas pessoas diferentes, aqui sempre foi um bocado agitado, mas está cada vez pior. Às quatro da manhã houve tiroteios, há polícias já feridos, e pelo que se está a perceber são cúmplices dos atentados que estão fechados num prédio."

Uma testemunha não identificada contou à Rádio France Info que ainda tentou ver o que passava quando ouviu uma primeira explosão, depois saiu da janela e procurou um local seguro.

"Comecei a ver o que se passava. Ouvia disparos, rajadas e explosões também, mesmo próximo de minha casa. Vi depois as forças da ordem a gritar a um indivíduo que veio à janela para ficar em casa, depois, começaram de novo os disparos. A policia ripostou. Foi nessa altura que saí da janela e coloquei-me em segurança", descreve a testemunha.

A população residente na zona está a ser aconselhada a não sair de casa para não correr riscos desnecessários. Além das escolas, metro, autocarros e eléctricos foram suspensos, de acordo com a autoridade dos transportes.

O presidente François Hollande está ao corrente de toda a operação, da qual teve pormenores em tempo real desde o seu inicio. Realiza-se esta quarta-feira em Paris uma reunião do Conselho de Ministros, onde deverá ser aprovado o prolongamento do estado de emergência em vigor em todo o país.

[Notícia actualizada às 11h44]

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  • arnaldo ribeiro ou i
    18 nov, 2015 Formiga/MG 18:25
    BATACLAN Os atentados terroristas em Paris são como uma febre no organismo social. Dói, incomoda e leva a procurar um remédio. E a febre é apenas o sintoma de um drama de natureza moral e espiritual que nunca esteve tão elevado em toda a história da humanidade terrena. O terrorismo nada mais é que a velha necessidade do homem de anular a diferença para preponderar. No caso, usando a lamentável atitude de violência. O nome desse sentimento é poder. Poder é a coroa de ouro das organizações mais sombrias de todos os tempos. É a mais antiga doença do ser espiritual que faz seu aprendizado nessa escola de provas e expiações onde o egoísmo ainda é soberano. Uma espessa camada miasmática se forma na chamada psicosfera, a parte astral do planeta mais próxima da matéria física. Esse cinturão de sombras é o resultado dos dejetos mentais da mente encarnada e desencarnada. Culpa, medo, ódio e poder se aglutinam junto a outras matérias mentais formando essa nuvem cinzenta e com vida própria. A Terra não colhe o fruto indigesto proveniente apenas das cabeças terroristas orientadas pela ganância extremista de grupos de poder. Cada vez que alguém tenta anular a diferença, é uma bomba lançada no fortalecimento desse cinturão de trevas em torno do planeta. Anular a diferença significa todo ato no qual não se consegue respeitar e reconhecer que o que pertence ao outro é de responsabilidade dele. Existe uma compulsiva e desastrosa necessidade no coração

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