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Turquia vai ajudar na crise de refugiados. UE retoma negociações de adesão

29 nov, 2015 - 11:32

Esboço de acordo indica que UE e Turquia "vão intensificar a colaboração activa em relação aos migrantes", com várias contrapartidas para o Governo de Ancara.

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A Turquia vai ajudar a Europa a resolver a crise de refugiados em troca de ajuda financeira e do reatamento das negociações de adesão à União Europeia, de acordo com o esboço das conclusões da cimeira deste domingo.

De acordo com o documento avançado pela agência Reuters, “os dois lados, como acordado e com efeito imediato, vão intensificar a colaboração activa em relação aos migrantes que não precisam de protecção internacional, evitando que viagem para a Turquia e para a União Europeia”.

O objectivo, sublinha o esboço que será assinado pelos líderes europeus e turcos, passar por “assegurar a aplicação das disposições bilaterais de readmissão definidas e repatriando rapidamente para os seus países de origem os migrantes que não tenham necessidade de protecção internacional".

A Turquia recebe, em troca, uma ajuda financeira inicial de 3 mil milhões de euros para lidar com o problema dos refugiados que chegam ao país, nomeadamente da Síria e do Iraque.

O montante ainda poderá ser ajustado, dependendo dos desenvolvimentos no terreno, indica o documento.

Bruxelas também vai iniciar, já no mês de Dezembro, um novo capítulo de negociações com a Turquia com vista à adesão do país à União Europeia, processo que se tem arrastado desde 2005.

A UE também pretende acabar com a necessidade de vistos para os cidadãos turcos que quiseram viajar para o espaço europeu, a partir de Outubro do próximo ano. Mas o Governo de Ancara terá de cumprir uma série de condições inscritas num roteiro de medidas.

à reunião dos chefes de Estado e de Governo da União Europeia com a Turquia sobre migrações realiza-se este domingo, em Bruxelas. O encontro arranca às 16h00 e termina por volta das 19h00 locais (menos uma em Lisboa).

A cimeira vai marcar a estreia do novo primeiro-ministro português, António Costa, em conselhos europeus.

Comentários
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  • António Costa
    29 nov, 2015 Cacém 14:22
    A Turquia tem ajudado imenso, principalmente ao servir de Base de Operações de guerrilha, na agressão à Síria. "...reatamento das negociações de adesão à União Europeia..." a ver se entendi 2 milhões de pessoas a "entrar" na UE são uma "dor de cabeça" mas 80 000 000, 80 milhões já não são? E já agora, quando é que a bandeira azul da UE é substituída pela bandeira negra, pois esta última está muito mais de acordo com os NOVOS valores europeus?
  • Jorge
    29 nov, 2015 Conchinchina 14:21
    Acho que a UE vai-se arrepender de admitir a Turquia. A Turquia tem apenas 4% do seu território na Europa, o restante está na Ásia, além de ser um povo com tradições pouco europeias, e com religião que não é da maioria dos europeus. O interesses turcos são tão somente militares, de segurança . Quero que esteja enganado, mas não deve dar muito certo.
  • passado adiado
    29 nov, 2015 Lisboa 13:54
    o problema do assunto "refugiados" é que tem muita gente que só olha para a questão humanitária e recusa-se a "ver" tudo o resto que está há volta desta nova situação . . . não há-de faltar muito tempo para que as opiniões comecem a ir noutro sentido, mas nessa altura "já doeu"
  • Fernando Gomes
    29 nov, 2015 Espinho 12:43
    iniciar negociações para adesão à União Europeia é um erro crasso. A Turquia nada tem de europeu, e a porta aberta para o mundo árabe já está escancarrada. Pede-se bom senso aos lideres europeus
  • Augusto Rangel
    29 nov, 2015 Lisboa 12:05
    Estes turcos são muito manhosos. A Europa para não ser invadida tem de abrir os cordões á bolsa e deixar entrar na UE estes que são muçulmanos.Já basta o que eles fizeram com o derrube do avião russo, por causa dos prejuízos que o filhinho do presidente teve com a destruição dos camiões que contrabandeavam crude ao preço da uva mijona, agora isto. Não há pachorra que aguente esta Europa e já agora deixei-nos construir mais mesquitas.

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