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O “Sonho americano” que se transformou num pesadelo em San Bernardino

03 dez, 2015 - 13:09 • Filipe d'Avillez com agências

Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik conheceram-se na internet, casaram e recentemente tiveram uma filha. São suspeitos de serem os autores do tiroteio que matou 14 pessoas na Califórnia.

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Os autores do massacre de 14 pessoas na quarta-feira em San Bernardino, Califórnia, já foram identificados pela polícia como um jovem casal muçulmano, mas ainda não é claro que o crime tenha sido um acto de terrorismo com motivações religiosas.

Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik, de 28 e 27 anos, conheceram-se online e recentemente tinham tido uma filha. Syed é descrito pelos seus colegas no Departamento de Saúde local como sendo reservado mas simpático e muito devoto. Uma colega disse que para todos os efeitos parecia que ele estava a “viver o sonho americano”.

Mas esse sonho revelou-se um pesadelo, na quarta-feira, quando Syed abandonou a festa da empresa, aparentemente zangado e nervoso, e voltou passados 20 minutos com pelo menos uma pessoa, ambos mascarados e fortemente armados. Seguiu-se um massacre que deixou mortas 14 pessoas e feriu pelo menos 17.

Os dois suspeitos puseram-se em fuga numa carrinha mas foram interceptados e mortos pela polícia num tiroteio.

Autores do tiroteio que fez 14 mortos na Califórnia abatidos pela polícia
Autores do tiroteio que fez 14 mortos na Califórnia abatidos pela polícia

As autoridades ainda não conseguiram determinar as motivações do jovem casal, mas a possibilidade de terrorismo não foi descartada. Sabe-se que Farook viajou recentemente para a Arábia Saudita e foi de lá que regresso, segundo a imprensa americana, com uma mulher, que disse ter conhecido online. Farook nasceu nos EUA mas não se sabe ainda de onde era natural Tashfeen, nem se eram legalmente casados.

Alguns dos presentes no local do tiroteio dizem que Farook terá tido uma discussão antes de sair do encontro, e que estava a comportar-se de forma estranha, mas a polícia diz que a quantidade e o calibre das armas encontradas na posse do casal dão a entender que o ataque foi planeado, o que parece descartar a hipótese de uma reacção exagerada após uma discussão entre colegas.

Segundo as autoridades as armas usadas no ataque foram todas compradas legalmente.

Até ao momento, e ao contrário do que se passou noutros atentados do género, incluindo os ataques de Paris, este massacre não foi reivindicado por qualquer grupo jihadista internacional.

A polícia continua a interrogar pessoas próximas do casal, para tentar determinar as motivações do crime.

Comentários
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  • joao
    09 dez, 2015 setubal 12:30
    quando num país é permitido vender todo o tipo de armas não é de admirar estes acontecimentos. Segundo as estatísticas americanas morrem por ano, devido à posse de armas, cerca de 80.000 pessoas. Os EUA é o país do mundo em que há mais armas do que habitantes. Os lobbies do armamento continuam a ter muita força e não me parece que nenhum governo tenha força para acabar com essa situação. São ensinados desde muito pequenos a utilizar armas, sabem utilizar uma arma mesmo antes de aprenderem a ler. É a cultura deles. Eu era incapaz de viver num país desses.
  • allah
    03 dez, 2015 lx 20:17
    O que mais gostei na notícia?... «O “Sonho americano” que se transformou num pesadelo em San Bernardino»! SENSACIONAL, Filipe d'Avillez!! Absolutamente revelador da ala esquerdista do 'jornalismo' português!...
  • António Costa
    03 dez, 2015 Cacém 16:30
    "...um jovem casal muçulmano.." vamos aguardar, parece que está tudo doido. Aparentemente o EI continua a ser apanhado "desprevenido".
  • Edgar Alves
    03 dez, 2015 Rio Mouro 15:36
    Dêem-lhes armas que essas coisas já não acontecem... dizia o anormal do Trump

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