06 dez, 2015 - 15:39
Nas primeiras eleições depois dos atentados de Paris, a expectativa recai, este domingo, sobre o resultado da Frente Nacional, de Marine Le Pen (extrema-direita), e o partido do antigo primeiro-ministro Nicolas Sarkozy.
Na análise de Stephane Monclaire, politólogo e professor na Universidade da Sorbonne, a Frente Nacional poderá vencer em algumas regiões, tendo em conta a degradação do sentimento de segurança da sociedade francesa.
Em seu entender, a gestão do Presidente François Hollande nos atentados de Paris parece não ter impacto no sentido de voto dos franceses.
“A popularidade de Hollande é momentânea, mas a partir do momento em que a França voltar à rotina voltar ao normal, os franceses vão-se lembrar que do desemprego”, afirma à Renascença.
“Hoje, os franceses vão sancionar principalmente o partido de Nicolas Sarkozy, que está entre a Frente Nacional e o Partido Socialista. Uma boa parte do eleitorado do partido de Sarkozy vai votar Frente Nacional. Então, o partido que vai ser mais fragilizado vai ser o de Nicolas Sarkozy”, analisa o professor de Ciência Política.
Esta é a primeira vez, em 50 anos, que a França realiza eleições ao nível nacional em Dezembro. Até às 11h00 (12h00 em Paris), 16,27% dos eleitores já tinham ido votar – um número superior em duas décimas face ao registado em 2010 à mesma hora.
Depois de uma reforma administrativa implementada por François Hollande, o país passou de 22 para 13 regiões e os conselhos regionais viram reforçados os seus poderes, que afectam sobretudo o desenvolvimento económico dos territórios, o planeamento e financiamento dos transportes públicos e a organização educacional.