07 dez, 2015 - 01:35 • Carlos Calaveiras
O Presidente dos Estados Unidos garante que vai destruir o autoproclamado Estado Islâmico e apresenta quatro medidas para combater os terroristas: caçar terroristas estejam onde estiverem, treinar forças no terreno para combater o autodenominado Estado Islâmico na Síria e no Iraque, cortar o financiamento e impedir novos recrutamentos, tentar cessar-fogo na guerra da Síria para que se concentrem forças contra os jihadistas.
Numa declaração de 14 minutos, em directo da Sala Oval, Barack Obama relembrou o recente ataque em San Bernardino e os atentados em Paris para reafirmar que a “ameaça é real” e que este é um “cancro sem cura imediata”, mas que está convencido de que “vamos destruir o Estado Islâmico ou qualquer organização do género que tente atacar-nos”. “Vamos ser mais fortes, resilientes e mais espertos”, disse.
O líder norte-americano aproveitou para deixar novo apelo ao Congresso. “Ninguém sem licença pode comprar armas. Que justificação há para que um suspeito de ser terrorista consiga comprar uma arma automática sem dificuldades. Isto é uma questão de segurança nacional. Precisamos dificultar a compra de armas potentes para ataques como aquele que aconteceu em San Bernardino.Tem que ser mais difícil que eles matem”. Os congressistas devem também “votar a continuação do uso de força militar na luta contra o autodenominado Estado Islâmico, se acreditam, como eu, que estamos em guerra”, referiu.
Obama referiu que é também necessário apertar o cerco na concessão de vistos de entrada e "rever o programa de admissão no país". É preciso saber por onde andaram as pessoas que querem entrar nos Estados Unidos.
O Presidente dos Estados Unidos apontou dois tópicos sobre o que não se deve fazer: colocar tropas no terreno em países estrangeiros porque isso é o que o Estado Islâmico quer ("muitos deles fazem parte do inimigo que enfrentámos no Iraque") e “porque os terroristas sabem que assim poderiam manter combates durante anos”. Por outro lado: “Não podemos virar-nos uns contra os outros. “Isto não é uma luta dos Estados Unidos contra o Islão”.
“O Estado Islâmico não fala pelo Islão”. Apesar disso, Obama reconhece que há um problema real e que esses elementos radicalizados “são assassinos, que fazem parte de uma cultura de morte, e representam uma pequena minoria do Islão”.
Deve continuar a trabalhar-se em conjunto, todos, incluindo a maioria dos muçulmanos, “na defesa de valores como a tolerância, o respeito e a dignidade humana”.
A fechar, Barack Obama, que deixa a Casa Branca em Janeiro de 2017, termina com uma frase forte: "A Liberdade é mais forte que o medo”.