08 jan, 2016 - 16:01
O chefe da polícia da cidade alemã de Colónia abandonou esta sexta-feira o cargo, na sequência de um escândalo que está a abalar não só a cidade, mas todo o país, e a reacender o debate sobre o multiculturalismo, a integração e a entrada de refugiados na Alemanha.
Na noite de ano novo centenas de mulheres queixaram-se de terem sido assaltadas, ameaçadas ou assediadas por um grupo de homens, que segundo algumas notícias pode chegar aos mil elementos, que estava concentrado diante da estação de comboios de Colónia. Os agressores seriam, alegadamente, estrangeiros, na maioria de origem norte-africana ou árabe.
A polícia de Colónia já tem um grupo de 80 agentes a trabalhar neste caso e pretende aumentar o número para lidar com as 170 queixas, pelo menos 120 das quais são relacionadas com crimes de natureza sexual. Há 350 horas de vídeos de vigilância para analisar.
Esta manhã um porta-voz do Ministério do Interior disse que já tinham sido identificadas 31 pessoas envolvidas nas agressões, entre os quais se encontram 13 refugiados que pediram asilo no país.
Segundo Tobias Plate, as nacionalidades dos suspeitos já identificados confirma que a maioria são de países árabes ou do norte de África, com nove argelinos, oito marroquinos, cinco iranianos, quatro sírios e um iraquiano entre os detidos. Há, porém, dois alemães, um sérvio e um cidadão americanos também. A maioria, segundo o porta-voz, são acusados de actos de violência e apenas três de assédio sexual.
Esta situação veio reabrir o debate nacional sobre a integração de migrantes no país e do acesso de refugiados. A Alemanha é um dos países que mais refugiados tem acolhido desde começou a crise de fuga de pessoas do Médio Oriente através do Mediterrâneo.