09 jan, 2016 - 12:55
É expectável que Angela Merkel queira introduzir alterações nas leis alemãs para que seja mais rápida a deportação de refugiados ou migrantes que cometam crimes, depois de uma vaga de seis ataques sexuais em Colónia que alegadamente foram cometidos por indivíduos que tinham pedido asilo.
A polícia alemã confirmou que pelo menos 32 pessoas são suspeitas de terem participado numa onda de violência na noite de fim-de-ano, 22 dois quais tinham a decorrer processos de autorização de visto para residir no país.
Dos 32 suspeitos, nove são argelinos, oito marroquinos, cinco iranianos e quarto sírios. Houve ainda três cidadãos alemães, um iraquiano, um sérvio e um norte-americano que foram identificados.
Um conjunto de "gangs", descritos pelas vítimas como sendo compostos por descendentes de árabes e do Norte de África, são acusados de roubo, ameaças físicas e violação. À polícia local foram apresentadas 121 queixas de crimes cometidos nas imediações da Catedral de Colónia.
O partido de extrema-direita, Pegida, está a afirmar que estes acontecimentos mostram que a política de Merkel para com os imigrantes está a fracassar.
A CDU, partido de Angela Merkel, está reunida este sábado em Mainz para discutir a possibilidade de introduzir penas mais graves para quem perpetue ataques contra a polícia e voluntários e a retirada do estatuto de refugiado a quem seja condenado a uma pena de prisão.
Sobre a mesa das negociações está ainda a possibilidade de dar à polícia poderes mas efectivos para poder fazer rusgas junto das comunidades migrantes para a conformação dos documentos legais.
As leis actuais prevêem que apenas os refugiados condenados a penas de pelo menos três anos de cadeia e cuja vida possa não estar em risco nos países de que são originários possam ser deportados.
De acordo com a agência France Press, Merkel disse esta sexta-feira que “a questão depois de Colónia é saber quando é que se perde o direito de estar connosco?”
E respondeu: “Para mim, devemos fazê-lo mais cedo. Devemos fazê-lo por nós, e pelos muitos refugiados que nada tem a ver com que se passou em Colónia”.
(Correcção: onde se lia "...são acusados de roubo, ameaças físicas e violação de 121 mulheres nas imediações da Catedral de Colónia", deve-se ler "...são acusados de roubo, ameaças físicas e violação. À polícia local foram apresentadas 121 queixas de crimes cometidos nas imediações da Catedral de Colónia.)