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Centenas morrem à fome na Síria. OMS “alarmada” quer mobilizar equipas médicas

12 jan, 2016 - 10:32

Coluna humanitária deparou-se com cenário trágico em cidade cercada há seis meses por forças governamentais e quer autorização do regime para enviar equipas médicas e evacuar os casos limite.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu autorização ao governo sírio para enviar clínicas móveis e equipas médicas para Madaya, cercada há vários meses pelas forças governamentais, para avaliar o alcance da subnutrição entre a população e evacuar os casos mais graves.

O pedido foi anunciado esta terça-feira pela representante da OMS em Damasco, Elizabeth Hoff, que entrou em Madaya na segunda-feira com uma coluna humanitária das Nações Unidas. A representante considerou que a organização precisa de fazer uma “avaliação porta-a-porta” na cidade de 42 mil habitantes, onde um médico sírio a informou que existem entre 300 a 400 pessoas a necessitar de “atenção médica especial”.

“Estou mesmo alarmada”, disse Hoff à agência Reuters. “Enviei imediatamente um pedido às autoridades para que entrem mais bens. Estamos a pedir para que sejam mobilizadas clínicas móveis e equipas médicas.”

A coluna de ajuda humanitária que chegou na segunda-feira a Madaya, numa operação coordenada pelo Crescente Vermelho sírio e a Cruz Vermelha, deparou-se com um cenário trágico, com centenas de pessoas a morrerem à fome.

A ONU apelou de imediato à evacuação urgente dos cerca de 400 sírios que correm perigo de vida devido à subnutrição.

De acordo com os Médicos Sem Fronteiras, quase 30 pessoas morreram à fome em Madaya desde Dezembro. Nas cidades de Al-Foua e Kefraya, mais a norte, haverá mais 20 mil pessoas sem ajuda.

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