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ONU contra “táctica bárbara" na Síria

15 jan, 2016 - 22:27

Os 40 mil habitantes de Madaya vivem há meses sob cerco de forças pró-governamentais.

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Descrevendo os cercos na Síria como "uma táctica bárbara", as Nações Unidas exigiram hoje acesso imediato às cidades sitiadas, para poderem fazer chegar ajuda humanitária aos civis afectados pela fome.

"Não pode existir qualquer razão ou lógica, nenhuma explicação ou desculpa, para impedir a ajuda de chegar às pessoas que passam necessidades", declarou Kyung-Wha Kang, responsável da ajuda humanitária ONU, numa reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o fim dos bloqueios.

A França e a Grã-Bretanha solicitaram conversações urgentes após a divulgação de relatos segundo os quais dezenas de pessoas morreram de fome na cidade de Madaya, que apenas esta semana teve acesso a ajuda humanitária.

Os 40 mil habitantes de Madaya vivem há meses sob cerco de forças pró-governamentais, uma táctica que a ONU considera "bárbara" e que "não pode ser exagerada".

As equipas da ONU estão a trabalhar para facultar tratamento no local, em Madaya, e para negociar a retirada dos habitantes que sofrem de desnutrição aguda, tendo nove pessoas sido autorizadas a deixar a cidade para receber tratamento.

Segundo Kyung-Wha Kang, outras 19 necessitam urgentemente de deixar o local.

As Nações Unidas têm batalhado pelo direito a fazer chegar ajuda a cerca de 4,5 milhões de sírios que vivem em áreas de difícil acesso, incluindo cerca de 400 mil pessoas que estão em áreas sitiadas.

O acesso a ajuda humanitária é visto como uma medida-chave na construção de um clima de confiança prévio à nova ronda de negociações de paz na Síria, prevista para dia 25 em Genebra.

Comentários
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  • António Costa
    16 jan, 2016 Cacém 13:21
    “tática bárbara" na Síria.....SÓ na Síria?? No Iémen não? Agora o presidente turco lançou uma vaga de perseguições contra um conjunto de mais de mil universitários e intelectuais, opositores aos MASSACRES realizados contra o povo curdo...Indiferença geral. Nos países da NATO, o momento, é de nos LIMITAR-MOS a criticar Putin. Os curdos estão a pagar o preço de se terem oposto ao avanço dos "capangas" do presidente da Turquia na Síria, o "autodenominado Estado Islâmico".

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