22 jan, 2016 - 09:43
Mais seis cadáveres foram recuperados após os naufrágios de dois barcos esta noite ao largo da costa grega, elevando para 21 o número de mortos, quando prosseguiam as buscas por dezenas de desaparecidos.
Os dois barcos, que transportavam migrantes, tiveram problemas ao largo das ilhas Farmakonisi e Kalolimnos.
Oito crianças estão entre os mortos e a polícia marítima grega, apoiada por um helicóptero da agência de fronteiras europeia Frontex, continuava esta manhã as buscas por dezenas de pessoas desaparecidas.
No ano passado, mais de um milhão de migrantes chegou à Europa por mar, de acordo com os últimos números do Alto Comissariado dos Refugiados (ACNUR). A maioria dos migrantes (84%) é proveniente de dez países, com a Síria a liderar - representando a nacionalidade de quase metade (49%) -, seguindo-se o Afeganistão (21% dos migrantes) e do Iraque (8%).
Os outros países de origem são Eritreia, Paquistão, Nigéria, Somália, Sudão, Gâmbia e Mali.
Dos migrantes que alcançaram as costas da Europa 58% são homens e 17% mulheres, sendo um quarto (25%) crianças, segundo o ACNUR.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) revelou que em 2014, mais de 219.000 migrantes atravessaram o Mediterrâneo. "O total representa o fluxo migratório mais elevado desde a Segunda Guerra Mundial" na Europa.
A Amnistia Internacional (AI) já divulgou um plano para uma acção concertada em oito áreas destinado a responder às crises de refugiados e na sequência do que designa por "falhanço moral catastrófico" dos líderes mundiais.
[notícia actualizada às 11h00]