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Negociações de paz marcadas para amanhã. Oposição síria já disse que não vai

28 jan, 2016 - 19:39

ONU espera que se cumpra plano aprovado em Novembro, que prevê um governo de transição, uma nova Constituição e eleições dentro de 18 meses.

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A ONU garante que não houve um adiamento das negociações para a paz na Síria, que devem ter início esta sexta-feira, mas a oposição ao regime de Damasco já informou que não vai comparecer.

O enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, reforçou que as negociações - que fazem parte de um plano aprovado em Novembro em Viena, que prevê um governo de transição, uma nova Constituição e eleições dentro de 18 meses - "não podem falhar".

Fonte próxima do governo sírio do presidente Bashar al-Assad assegurou que a delegação de Damasco chegará a Genebra sexta-feira, mas o comité da oposição síria, reunido em Riade, declarou que não estará presente por ainda "não ter tomado uma decisão".

O grupo, apoiado pela Arábia Saudita, pediu "esclarecimentos" após a ONU ter convidado outras figuras da oposição e disse querer garantias de que a comunidade internacional agirá para que terminem os ataques de Damasco a civis e para permitir a ajuda humanitária.

Numa mensagem em vídeo, Staffan de Mistura dirige-se a "cada homem, mulher, criança sírios, dentro e fora da Síria, nos campos de refugiados ou onde quer que estejam" apelando a que digam "basta" ao conflito e expressem as expectativas depositadas nos participantes nas negociações, para que estes tenham noção de que o momento para "alcançar uma solução pacífica para a Síria é agora".

Entretanto, o ministro da Defesa sírio, Fahed Jassem al-Freij, reuniu-se com seu homólogo russo, Sergei Shoigu, em Moscovo, tendo as agências de notícias da Rússia difundido que foram debatidos "os resultados da operação da força aérea russa na Síria para destruir os grupos terroristas" e que foi "confirmada a intenção mútua de expandir a cooperação entre os ministérios da Defesa".

Segundo as autoridades, as negociações para terminar com o conflito na Síria - que já matou mais de 260 mil pessoas e deslocou milhões para longe das suas casas - devem prolongar-se por seis meses, com a primeira ronda a durar duas a três semanas.

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