04 fev, 2016 - 11:03 • Marília Freitas
O que começou como um protesto democrático anti-governamental, em Março de 2011, rapidamente se transformou numa guerra civil sem fim à vista. Há cinco anos que a Síria enfrenta a destruição diária do país, a morte e a fuga de milhões de habitantes.
Da dimensão da destruição provocada na Síria não há dados concretos. Sabe-se apenas que foram pilhados milhares de tesouros arqueológicos e arrasados vários locais considerados património mundial, como a histórica cidade de Palmira. A UNESCO fala mesmo em “crimes de guerra”.
Os dados divulgados pelas organizações internacionais espelham as consequências sociais e económicas de um conflito que já conta cinco anos.
Infografia: Marília Freitas e Frederick Santos
Desde 2011, foram várias as tentativas para chegar a um acordo para acabar com a guerra. As Nações Unidas insistem no apelo ao “fim da carnificina”. Em 2014, realizaram-se duas rondas de negociações em Genebra, mas sem resultados.
Com o aumento do poder de influência do Estado Islâmico, em 2015, tornou-se urgente voltar a sentar à mesa todos os intervenientes. Contudo, as conversas encontram vários obstáculos e têm sido sucessivamente adiadas.
Governo e oposição sírios não se entendem e mesmo as potencias internacionais envolvidas no conflito assumem posições diferentes, quando se trata de discutir o papel do actual Presidente Bashar al-Assad.
O processo está também encravado pelo avanço dos combates. A oposição síria recusa negociar antes do fim dos bombardeamentos russos, ao mesmo tempo que as forças do exército e os combatentes rebeldes travam batalhas decisivas no Norte do país.
Num território cada vez mais dividido, o Instituto norte-americano para os Estudos da Guerra mostra o domínio das muitas forças que combatem no terreno.
Fonte: Institute for War Studies
Apesar dos inúmeros conflitos e vítimas que se registam diariamente, a cobertura mediática a nível internacional é, por vezes, escassa. Uma plataforma online reúne notícias, vídeos e fotografias de várias fontes, incluindo redes sociais. O resultado é uma espécie de mapa interactivo colaborativo, actualizado ao segundo.